Como remanescentes florestais influenciam o funcionamento e a diversidade em um córrego exposto à fragmentação da vegetação ripária?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Bruna Suelen da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19617
Resumo: Riachos de baixa ordem são sistemas especialmente vulneráveis à fragmentação da vegetação ripária. Porém, o entendimento da importância de remanescentes florestais em córregos expostos a impactos antrópicos e a estimativa do comprimento de floresta necessária para que haja a manutenção da integridade nesses sistemas permanecem imprecisas. O nosso estudo tem o objetivo de investigar o papel de remanescentes de vegetação ripária em manter o funcionamento e a biodiversidade em um córrego exposto à fragmentação. Para tal, amostramos 20 pontos ao longo de uma transição contínua do tipo floresta-pasto-fragmento florestal, na qual analisamos o crescimento perifítico, a decomposição de folhas e a diversidade de invertebrados bentônicos. Observamos que a biomassa de algas e o grupo de diatomáceas do perifíton mostraram uma resposta consistente de atraso em relação às transições na cobertura, demorando entre 300-400 metros da entrada no pasto para o atingimento das maiores biomassas. Dentro do fragmento florestal constatamos uma resposta gradual de redução na biomassa algal. A decomposição, em geral, não teve o comportamento alterado após as transições na cobertura. Os invertebrados bentônicos responderam de forma positiva dentro do fragmento florestal. Nesse trecho identificamos o aumento de algumas famílias e a tendência de aumento na abundância de EPT, no Índice de Shannon e na representatividade de diferentes grupos funcionais dentro da comunidade. O fragmento florestal embora não tenha retornado algumas métricas ao estado pré-distúrbio, foi capaz de amortecer diversas características alteradas ao longo do pasto. Tendo em vista tais resultados, estamos de acordo com a crescente evidência na literatura da importância de remanescentes florestais em manter a integridade e o funcionamento de riachos