Nutrindo a Vitalidade: questões contemporâneas sobre a racionalidade médica chinesa e seu desenvolvimento histórico cultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Souza, Eduardo Frederico Alexander Amaral de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19622
Resumo: Nas últimas quatro décadas a Medicina Chinesa estabeleceu raízes estáveis nos países ocidentais. Durante o processo de aculturação, a escola de pensamento denominada Medicina Tradicional Chinesa (ZHôNG GUÓ YT, tp ljjgJ ) alcançou uma posição hegemónica nestes países e também na República Popular da China (1949- ). Esta escola foi inicialmente concebida como um projeto para reconstrução da Medicina Chinesa dentro do território da China continental após a revolução de 1949. Um dos propósitos deste projeto foi construir uma síntese entre a Medicina Clássica Chinesa (GÜ DAI ZHôNG YT ih' ft tp ) e a ciência ocidental, adequando-se aos valores e ideologia da China comunista. Neste processo foram excluídas ou modificadas, por razões políticas, ideológicas ou paradigmáticas, concepções fundamentais da Medicina Clássica que constituíam um modelo de prevenção e promoção de saúde. Em contrapartida, foram enfatizados seus aspectos diretamente relacionados ao paradigma biomédico, essencialmente voltados para a cura de doenças. Neste trabalho apreendemos e analisamos as concepções, valores e pressupostos que estruturam a proposta terapêutica da Medicina Clássica Chinesa, enfatizando os aspectos e concepções que constituem um modelo de prevenção e promoção de saúde (YANG SHÊNG :1.), reintegrando as concepções modificadas ou excluídas dentro de seu contexto original. Assumindo que durante seu período de formação na dinastia HÀN iJi (206 B.C. - 220 A.D.) a Medicina Clássica Chinesa era um corpo de conhecimento interligado aos saberes e práticas Daoístas, efetuamos a apreensão e análise das concepções inseridas no contexto do modelo cosmológico Daoísta que constituiu os fundamentos para o desenvolvimento dos saberes médicos nesta época.