A vivência de privacidade pelas parturientes no cotidiano hospitalar: uma contribuição para o cuidar em enfermagem obstétrica
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11286 |
Resumo: | No cotidiano das maternidades do município do Rio de Janeiro, apesar dos esforços de alguns gestores públicos e das enfermeiras obstétricas, presenciamos hospitais cheios, normas rígidas que obriga a mulher despojar-se de suas roupas e de seus familiares. Nesse campo, a enfermagem obstétrica está inserida no movimento de humanização que tem se preocupado com a gravidez e parto como um direito reprodutivo. Dentre os princípios que norteiam o cuidado das enfermeiras obstétricas, construídos por Progianti e Vargens (2004), destacamos o que diz que a enfermeira obstétrica deve defender o respeito à privacidade e a segurança da parturiente. Esse princípio está fundamentado na fisiologia do parto, pois como explica Odent (2000), a mulher possui um mecanismo inato de parir que não necessita de intervenções e requer um ambiente seguro, com baixo estimulo racional e com privacidade. Assim, este estudo parte da premissa que a vivencia da privacidade no trabalho de parto é fundamental para a sua fisiologia e questiona como a mulher vivencia a privacidade no cotidiano hospitalar que é um ambiente adverso para tal propósito. Esta pesquisa teve como objeto a vivência de privacidade pelas parturientes no cotidiano hospitalar e seus objetivos foram: analisar como as mulheres compreendem a sua privacidade na experiência de parir no cotidiano hospitalar e discutir as estratégias de vivência de privacidade pela parturiente no cotidiano hospitalar. Utilizou-se como referencial teórico o cotidiano e a privacidade por Michael Maffesoli (1984) e as estratégias de enfrentamento do cotidiano desfavorável à privacidade classificadas por ele. É um estudo descritivo com abordagem qualitativa no qual foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dez puérperas que pariram de parto normal em uma maternidade municipal do Rio de Janeiro. Para a categorização dos dados seguimos os passos da análise de conteúdo de Bardin (1977). O estudo mostrou que o cotidiano hospitalar apresenta-se inadequado para a privacidade como definição; evidenciou dois grupos de mulheres: as que não valorizam a privacidade e as que valorizam a privacidade sendo que todos os grupos realizaram estratégias para vivenciar privacidade no cotidiano hospitalar. As estratégias utilizadas pelas mulheres foram: a astúcia, silêncio, duplicidade e aceitação da vida que são elaboradas pelo imaginário das parturientes durante o trabalho de parto (MICHEL MAFFESOLI, 1984). Concluímos que a privacidade, valorizada ou não é necessária durante o parto, pois oferecer privacidade é cuidar para que a mulher tenha o parto mais fisiológico possível. Diante do exposto, sugerimos que a privacidade seja um cuidado de enfermagem valorizado durante o processo do parto e nascimento, tanto nas rotinas do cotidiano quanto no mundo imaginal das clientes, pois a privacidade faz parte do nosso código de ética e, além disso, é um cuidado humanizado, importante para quem luta por essa bandeira. |