Da hora do desespero ao aluno guloseima: uma análise das práticas avaliativas a partir dos efeitos e das relações tecidas no cotidiano escolar
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19753 |
Resumo: | A presente tese coloca em análise as práticas avaliativas a partir dos efeitos e das relações produzidas no cotidiano da escola. A pesquisa adota as ferramentas da Análise Institucional e da pesquisa-intervenção a fim de propor estranhamentos e desnaturalizações acerca da avaliação escolar. O trabalho se debruça sobre dispo-sitivos analisadores, como memórias e registros pessoais das experiências como professora e pedagoga, um filme sobre a semana de provas produzido por estudan-tes em uma escola, além de entrevistas realizadas com docentes, equipe multipro-fissional e discentes. A partir desses analisadores, a tese desenvolve um sistema articulatório com intercessoras(es) de campos diversos para pensar a avaliação co-mo prática social e, portanto, como ação política e pedagógica, sendo um importante dispositivo na produção de subjetividades. Assim, são destacadas contribuições de pesquisadoras(es), como Maria Teresa Esteban, Claudia Fernandes, Domingos Fernandes, Gimeno Sacristán e Luiz Carlos de Freitas, que destacam a relevância da avaliação na dinâmica pedagógica, sua relação com a produção do fracas-so/sucesso escolar e os processos de inclusão/ exclusão social. Adicionalmente, a pesquisa busca evidenciar autores que, historicamente, apresentaram importantes elementos sobre a construção do exame, como Michel Foucault, Ángel Díaz Barriga, Reinaldo Fleuri e Almerindo Janela Afonso, colocando em causa, por meio desses debates, as políticas de corte neoliberal e a noção de Estado avaliador. Ao destacar os sofrimentos vivenciados pelas(os) estudantes, é possível perceber o processo homogeneizante que estrutura a perspectiva de uma avaliação centrada na classifi-cação, na hierarquização, numa lógica de excelência e na conformação de tempos e espaços, em que se reforçam mecanismos disciplinares. Filme e entrevistas permi-tem realçar a semana de provas e a lógica de avaliação subjacente, que produz efei-tos como a ideia do aluno guloseima. Por meio das noções de produção de subjeti-vidades e da análise da implicação, e alimentada pelas insurgências cotidianas, a pesquisa aposta na escola como possibilidade de outros encontros, produzindo a amplificação de diálogos com vistas a (re)inventar a avaliação, amparada em suas possibilidades de criação de existências e mundos outros. Nesse sentido, a pesqui-sa apresentada se filia à (trans)formação da escola como espaçotempo plural, soli-dário e, de fato, democrático. |