Absenteísmo odontológico em uma empresa de energia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Hespanhol, Katia Zanon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8807
Resumo: Os estudos epidemiológicos em saúde bucal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são utilizados para coletarmos informações acerca da condição de saúde bucal e das necessidades de tratamento de uma população e, subseqüentemente, para monitorarmos as alterações nos níveis e padrões de doenças (Organização Mundial de Saúde, 1999). Este estudo tem como objetivo analisar o absenteísmo de causa odontológica através de indicadores específicos, além de identificar as principais causas e a possível associação entre o número de dias perdidos e outras co-variáveis. Os dados utilizados são referentes a Unidades Operacionais de uma empresa de energia, relativos aos anos de 2003 e 2004. Para fins de cálculo, foram utilizados os seguintes indicadores: Taxa de Freqüência, Taxa de Gravidade e Taxa de Freqüência por Indivíduo e Índice de Absenteísmo Odontológico. O tempo médio de afastamento odontológico por Unidade de Negócio, assim como outras variáveis, tais como: sexo, faixa etária, cargo, escolaridade, tempo de empresa, número de dias perdidos e regionalidade também foram analisadas. Com relação aos índices e variáveis analisadas, observa-se que o índice de Absenteísmo Odontológico variou de 1,46% a 4,72% (2003) e 1,85% a 5,23% (2004), conforme a Unidade de Negócio. Em relação ao tempo de empresa, os empregados com 16 a 20 anos de contrato foram os que mais apresentaram incapacidade por problemas odontológicos (47,1% em 2003 e 37% em 2004). Quanto ao sexo, 81,5% dos casos em 2003 e 77,6% em 2004 foram referentes ao sexo masculino. A faixa etária mais impactada foi a de 40 a 49 anos, sendo responsável por mais de 50% dos afastamentos. Considerando a escolaridade, os empregados com maior número de licenças odontológicas possuíam nível médio concluído, sendo 75,6% em 2003 e 79,4% em 2004. Observou-se ainda que a maior parte dos afastamentos odontológicos ocorreu em operadores de produção, sendo 34,5% em 2003 e 31,5% em 2004. Em relação à regionalidade, quase a totalidade dos atestados foram emitidos na região Norte/Nordeste, correspondendo a 87,4% em 2003 e 84,2% em 2004. Da totalidade das licenças, as principais patologias causadoras foram: transtornos dos dentes e estruturas de suporte, sendo 29,4% em 2003 e 26,7% em 2003 e gengivite e doenças periodontais, 23,5% em 2003 e 29,1% em 2004. Na análise bivariada observou-se que a única variável que apresentou diferenças estatisticamente significativas foi a regionalidade. Embora a região Norte/Nordeste seja responsável pelo maior número de licenças, os afastamentos de maior duração tiveram origem na região Sul/Sudeste. Conclui-se, pelos resultados obtidos, que o absenteísmo odontológico gera um pequeno impacto para a Companhia (proporção média de 2,66% em 2003 e 3,12% em 2004), o que talvez possa ser atribuído às ações de odontologia ocupacional implantadas, entre as quais a obrigatoriedade de realização dos Exames Odontológicos Periódicos, a partir de 2001. Sugere-se o monitoramento dos indicadores descritos, visando acompanhar o comportamento epidemiológico das patologias bucais ora descritas e direcionar as futuras ações de promoção de saúde bucal na Companhia.