Dispêndio energético em sessões de treino funcional em adultos residentes na cidade de Maputo – Moçambique
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16512 |
Resumo: | Poucos estudos estimaram o dispêndio energético (DE) de sessões de treinamento funcional (TF), nenhum deles envolvendo praticantes recreativos da modalidade. Essas informações seriam úteis para o melhor entendimento do potencial do TF como estratégia para alcançar níveis de atividades físicas adequados para promover saúde e bem-estar. O objetivo da presente Tese de Doutoramento foi quantificar o DE durante sessões de TF por meio de acelerometria triaxial, em adultos sem experiência prévia com a modalidade, em ginásio comercial na Cidade de Maputo (Moçambique). Além do DE, a intensidade (relativa e absoluta) e percepção subjetiva do esforço (PSE) nas sessões de TF foram aferidas. Os resultados em TF foram comparados com sessões de caminhada contínua (CAM). Inicialmente, estimativas do DE com acelerômetros utilizados no punho, perna e cintura foram comparadas com o gasto calórico fornecido por calorimetria indireta aferida por telemetria (n = 10 homens, 25 ± 3 anos, 173,0 ± 4,1 cm, 83,5 ± 15,7 Kg). Os resultados desse estudo piloto indicaram que o local ideal para a estimativa do DE com acelerômetro triaxial ActiGraph GT3X® seria a cintura (r=0,84, P = 0,005; diferença média de acelerometria vs. calorimetria = -0,445 kcal). A amostra do estudo principal foi composta por 25 voluntários (11 homens, 16 com sobrepeso/obesidade, 38,8 ± 9,3 anos, 168,5 ± 8,5 cm, 73,9 ± 13,8 Kg), que realizaram três sessões de TF separadas por intervalos de 48 h, as duas primeiras consistindo em sessões de familiarização. O protocolo de TF incluiu quatro passagens em circuito com 12 exercícios executados em máxima intensidade durante 20 s, com 10 s de intervalo entre cada estação. O DE (kcal derivado dos counts) e intensidade absoluta das atividades (counts/min) foram calculados por meio da acelerometria. A intensidade relativa foi estimada pelo percentual da frequência cardíaca de reserva (%FCR) registrado em cardiofrequencímetro e a PSE através da Escala de Borg CR-10. As sessões de CAM tiveram duração de 25 min, sendo DE, intensidade e PSE estimados pelas mesmas técnicas aplicadas em TF. As sessões de TF duraram em média 24 min e o DE situou-se entre 124-292 kcal (188 ± 41 kcal), correspondendo a intensidades de 5-8 METs (6,1 ± 0,6 METs) e 70-80% (74 ± 8%) da FCR. Tanto DE quanto %FCR mantiveram-se estáveis na maior parte do TF. Já a PSE elevou-se ao longo das passagens no circuito, evoluindo de valores compatíveis com intensidade moderada para vigorosa. O DE foi similar em TF e CAM, mas a intensidade relativa média foi maior em TF (74% vs.55% FCR, respectivamente; P = 0.0001). Atividades vigorosas predominaram vs. moderadas nas sessões de TF e CAM. Todavia, a PSE foi sempre maior em TF (Borg 5 a 8) do que em CAM (Borg 3 a 5). Sessões de TF aplicadas em ginásio na cidade de Maputo foram capazes de elicitar DE e intensidade compatíveis com o recomendado para reduzir o risco cardiometabólico e melhorar a capacidade cardiorrespiratória em participantes recreativos normoponderais e com sobrepeso |