Comerciários, sindicato e desigualdades sociais: contribuição para uma sociologia do sentimento de justiça

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Tiago Magaldi Granato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8409
Resumo: Este trabalho procura compreender o impacto da participação sindical nas maneiras pelas quais os trabalhadores do comércio percebem desigualdades sociais, bem como nos critérios de justiça que utilizam para julgar sua remuneração. A partir do debate sobre as condições necessárias para a ação política de classe na teoria clássica chega-se à crítica da unidimensionalidade da tradição marxista. Reconhecida a importância de elementos ideais na mobilização e própria conformação das classes sociais, toma-se a dimensão do julgamento sobre as desigualdades sociais como central, focando particularmente nos critérios de justiça social. A pesquisa mostra que a composição dos critérios de justiça de sindicalistas tende a dar mais peso àquilo que se entende por necessidades dos indivíduos do que não sindicalistas, bem como a maior tolerância destes às desigualdades de renda. Mostra também que a percepção da violação desses critérios é mais forte dentre os sindicalistas, em função da própria atividade sindical. Por isso, parece haver maior sentimento de injustiça dentre os sindicalistas. Este resultado, no entanto, não anula a profunda semelhança ideológica encontrada no conjunto dos entrevistados dentre sindicalistas e não sindicalizados , cuja visão de mundo se assenta sobre a imagem do indivíduo capaz, base de uma meritocracia que se sobrepõe à percepção da dinâmica dos interesses. Procura-se, assim, contribuir para a compreensão de uma dimensão central da ação política de classe.