Metalogenia em terrenos de alto grau metamórfico estudo de caso: distribuição e controle das ocorrências auríferas na região compreendida entre Palma-MG e Laje do Muriaé-RJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ramos, Guilherme Veloso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7127
Resumo: A região de Palma Capivara e Laje do Muriaé concentra diversas ocorrências auríferas, sendo quase todas de caráter aluvionar. Ferraz (1904), Freise (1908) e Oliveira (1936) foram uma das primeiras pessoas a documentar o ouro região, onde descrevem que o ouro e a monazita são encontrados em quase todos os placers da área. Eles ainda descrevem que o ouro é fino, e apresenta impureza de bismuto. Ferraz (1904) aponta ainda uma possível fonte primária do ouro em um gnaisse-granitóide piritoso, localizado a 2 quilômetros a norte de Palma. Na busca pela mineralização, foi utilizado os elementos indicadores e farejadores (pathfinders), e evidências geológicas de campo mais comumente associadas à mineralização aurífera, tais como: quartzo leitoso, fumê, veios de quartzo tectonizados, zonas de alteração hidrotermal, etc. De posse dessas informações, foram visitadas as principais catas mineradas, realizado um mapeamento geológico, amostragens de concentrados de bateia e sedimentos de corrente. No mapeamento geológico foi encontrado uma faixa de rochas grafitosa e sulfetada (Murici A e B). A subfaixa-Murici A é um gnaisse granatífero piritoso com grafita, contendo inclusões na pirita de cobaltita, calcopirita, sulfeto de cobalto e níquel, e a sub-faixa Murici B é um gnaisse granatífero com pirrotita contendo inclusões de teluretos de bismuto e níquel, calcopirita, esfalerita, pirita. Nas duas sub-faixas a barita e a monazita são acompanhantes contínuos. Nos pontos CB-09 (Fazenda Boqueirão-Córrego Santo Antônio) e o CB-17 (Várzea Congelação-Ribeirão da Capivara) foram encontrados 26 e 21 pintas de ouro, respectivamente. A melhor evidência de campo para delimitar a faixa mineralizada foi a grafita, já que era facilmente visualizada nos saprolitos. A faixa grafitosa sulfetada está concordante com Serras do Goiabal, Água Limpa e Boqueirão, onde as ocorrências estão dispostas córregos de ambos os flancos destas mesmas serras. Os gnaisses grafitosos dosados para carbono obtiveram teores até 1,84% C na faixa mais grafitosa. Assim, é possível presumir que com um grau de certeza bastante elevado que a rocha hospedeira da mineralização é a faixa grafitosa contendo sulfetos e teluretos.