Significados atribuídos à vacinação contra o HPV por responsáveis legais de meninas
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11174 |
Resumo: | Trata-se de pesquisa descritiva e qualitativa, cujo objetivo foi descrever os significados atribuídos à vacinação contra HPV por responsáveis legais de meninas, a partir do processo de interação social no contexto do câncer do colo do útero. Realizada em locais próximos a escolas, ruas, praças, residências, no período entre maio e julho de 2018. Foram entrevistadas 10 responsáveis legais de meninas. Foram atendidas as exigências do Conselho Nacional de Saúde e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro sob o n.º 2.449.934. A análise foi baseada nos pressupostos da Grounded Theory, por oferecer elementos para a discussão dos dados de modo comparativo constante dos resultados, e do interacionismo simbólico, que possibilita que a pesquisa qualitativa atinja o objetivo de pesquisar o sentido que os indivíduos propõem aos objetos, pessoas e símbolos com os quais interagem no meio social. Emergiram cinco categorias: Categoria 1 Aderindo à vacinação contra HPV, Categoria 2 Sentindo preocupação e medo em relação a comentários sobre reações adversas pela vacina contra HPV, Categoria 3 Considerando escassas as informações veiculadas sobre a vacinação contra HPV, Categoria 4 Preferindo vacinar por conhecer a gravidade da doença, e Categoria 5 - Escolhendo esperar a criança amadurecer para tratar de assuntos relacionados ao sexo, assim como, optar pela vacinação contra HPV. Evidenciou-se que a vacinação contra HPV causa preocupações e inseguranças nas pessoas por a considerarem uma vacina recente, o que gera muita especulação social, contribuindo para veiculação de boatos. Observou-se também a carência de informações que os responsáveis legais de meninas alegam ter acerca da vacinação no contexto do câncer uterino, trazendo à tona diversas solicitações de mais informação sobre o tema. Trata-se de um assunto delicado, pois se refere a prevenção de uma doença sexualmente transmissível em crianças e adolescentes, o que é tabu para alguns responsáveis legais. Evidenciou se maior dificuldade de articulação do diálogo e de adesão na idade de 9 anos, pois os responsáveis legais consideram suas crianças muito jovens para tratar assuntos inerentes ao sexo. Por outro lado, muitos responsáveis legais mantiveram a decisão de vacinar suas filhas, referindo satisfação da implementação da campanha pelo Ministério da Saúde. |