Análise da eficiência do controle químico de Artocarpus heterophyllus e avaliação ecotoxicológica do solo no Parque Estadual da Ilha Grande, RJ

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Gaspar, Marcela Caroline Pantoja
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
• Palavras-chave em Português: Controle químico; Jaqueiras; Tricoplir; Ecotoxicologia; Minhocas; Artocarpus; Ilha Grande, Baía da (RJ); Ecossistemas; Impacto ambiental; CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17523

O controle de espécies exóticas invasoras é uma importante ferramenta na gestão da biodiversidade em Unidades de Conservação. A jaqueira, Artocarpus heterophyllus Lam. (Moraceae) é uma espécie exótica invasora que foi introduzida no Brasil no período colonial e se encontra em altas densidades no Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG), Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, as tentativas de controle dessa espécie são direcionadas às técnicas do controle mecânico (anelamento), corte do tronco e posterior aplicação de herbicida na sua base e arranquio de plântulas. O uso do controle químico utilizando injeção do herbicida Triclopir aplicado no seu tronco foi testado anteriormente em baixas dosagens, demonstrando pequena eficiência, porém mais vantajosa do que o anelamento. O objetivo dessa pesquisa foi testar uma nova dosagem do princípio ativo Triclopir, a fim de aumentar a eficiência no controle de A. heterophyllus no PEIG e avaliar o impacto na macrofauna do solo. Nós utilizamos a minhoca Eisenia andrei (Oligochaeta) como bioindicadora da qualidade do solo, através de ensaios de comportamento, toxicidade aguda (mortalidade) e crônica (reprodução) em solos retirados da área objeto de controle da espécie-alvo. Nós injetamos o herbicida Triclopir (presente no produto de nome comercial Garlon 480®) diluído em água nas concentrações de 6 e 8% no tronco de árvores de jaqueiras com DAP _10 cm. As árvores apresentaram DAP médio de 27,8 ± 10,5 cm e altura média do fuste (solo até a primeira bifurcação) de 7,5 ± 3,4 m. A declividade do terreno onde os indivíduos se encontravam foi em média de 5º com amplitude entre 0º e 35º. Após 310 dias, as dosagens avaliadas não diferiram significativamente no estado fitossanitário de morte. A dosagem de 6% de Triclopir foi suficiente para o sucesso no controle da espécie com DAP _ 10 cm. Os resultados demonstraram que não houve correlação entre a eficiência da concentração das dosagens, DAP e declividades de localização do indivíduo. A eficácia do produto variou entre 93,5 e 100%. A avaliação ecotoxicológica do solo mostrou que o bioindicador não apresentou quaisquer sinais de intoxicação visual, comportamental ou de reprodução após ser submetido às dosagens utilizadas nas áreas de estudo. Embora a avaliação de uma única espécie não deve ser integralmente representativa para a verificação da disponibilidade de um contaminante no meio, os resultados do presente estudo apontam para a utilização de uma nova dosagem no controle químico da jaqueira.