Avaliação da resiliência em pacientes transplantados renais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Ana Cleyde Carneiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22726
Resumo: A Doença Renal Crônica provoca uma série de mudanças na vida do indivíduo gerando necessidade de criar e fortalecer estratégias de enfrentamento eficazes durante os tratamentos a que será submetido ao longo da vida. Esse trabalho tem por objetivo avaliar a resiliência em pacientes transplantados renais no ambulatório de transplante renal. Estudo transversal, abordagem quantitativa realizado no Serviço de Transplante em Hospital Universitário no nordeste do Brasil, de janeiro de 2020 a dezembro de 2022. Amostra composta por 230 pacientes transplantados renais maiores de 18 anos, de ambos os sexos, em acompanhamento ambulatorial regular. Foram utilizados um formulário para caraterização sociodemográfica e clínica e instrumentos validados para avaliar a resiliência, escala de Wagnild & Young. As variáveis categóricas foram descritas por frequências e porcentagem e as quantitativas por média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil. Na correlação das variáveis utilizou-se coeficiente de correlação de Spearman. As análises foram realizadas no Data Analysis and Statistical Software (STATA®) versão 14.0. Nível de significância estabelecido de 5% (p<0,05). Dentre os transplantados renais entrevistados houve maior frequência de pacientes do gênero feminino (51,25%); idade entre 18 a 72 anos (média de 42,37 (DP=12)); 84,34% dos pesquisados se auto declararam pretos e pardos; a maioria procedente de outros municípios do estado do Maranhão (43,37%); 27,50% possuem ensino médio; 67,50% vive com companheiro fixo; 45,00% informaram religião católica; 56,63% recebiam entre 1 e 2 salários mínimos; 52% recebiam benefícios do governo ou eram pensionistas. O tempo de diagnóstico de DRC variou de 3 anos e 2 meses a 30 anos; o período da hemodiálise, de 2 meses a 13 anos; o tempo de transplante renal; de 6 meses a 23 anos; 51,25% receberam órgão de doador falecido; 44,17% apresentam sobre peso/obesidade enquanto 47,50%, peso adequado; 46,25% informaram praticar atividade física regularmente. Os pacientes que possuíam companheiro fixo demonstraram maior resiliência, sendo capazes de superar de maneira mais adequada as adversidades da vida e de se tornarem flexíveis em situações adversas; seguidos pelos que tem ocupação ou estão aposentados, os pacientes que mantém peso adequado também demonstraram ser mais resilientes, não houve diferenças significativas dos níveis de resiliência entre os gêneros masculino e feminino, faixa etária ou grau de instrução. Conclui-se que o adoecimento é vivenciado por cada indivíduo de maneira singular levando-se em conta suas características intrínsecas e seu contexto social e familiar