Meninas bonitas: um estudo sobre empoderamento feminino e relações étnico-raciais no contexto escolar a partir da Literatura Infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dias, Rosa Maria Noronha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica - CAp UERJ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19492
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi estudar de que forma a literatura infantil pode colaborar na construção de uma identidade mais positiva para as meninas negras, duplamente discriminadas pela cor e pelo gênero. Ela foi realizada em uma escola da rede pública municipal da cidade do Rio de Janeiro com alunas do quinto ano do primeiro segmento do ensino fundamental. A pesquisa-ação foi definida como metodologia e teve como referencial teórico os Estudos Decoloniais. A partir destes, procurei refletir, por exemplo, sobre a lei 10.639/03, a qual, apesar de promover o ensino da História e da Cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino públicos e privados do ensino fundamental ao ensino médio, ainda enfrenta resistências, seja por desconhecimento da lei e suas implicações, por desinteresse acerca do tema, por despreparo em trabalhar as relações étnico-raciais em sala de aula ou por medo de “ferir suscetibilidades”, perpetuando uma das características principais do racismo à brasileira, que é a negação do próprio racismo, omitindo que vivemos numa sociedade patriarcal racializada e que privilegia a cultura hegemônica branca. A pesquisa desenvolveu-se a partir de rodas de leitura, onde os livros selecionados para compor estas rodas contaram histórias que valorizam a condição e/ou a cultura negra, livros que podem ser categorizados como pertencentes à literatura infantil afro-brasileira, a qual surge como uma resistência ao apagamento e à esteriotipização da negritude. Atendendo ao diferencial da pesquisa-ação, as participantes criaram o texto literário “O amor impossível de Juliana?” e através dele materializaram suas reflexões sobre racismo, empoderamento e representatividade e puderam compartilhá-las com outras pessoas.