Próteses obturadoras para pacientes maxilarectomizados: estado atual da tecnologia e necessidades de aprimoramentos
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4441 |
Resumo: | Pacientes portadores de comunicação oronasal necessitam de dispositivo protético obturador, para o restabelecimento da sua função, estética e qualidade de vida perdida, devido à remoção ou ausência da maxila. Esta tecnologia reabilitadora vem se desenvolvendo há alguns séculos, com aprimoramentos das técnicas de confecção e materiais odontológicos que auxiliem na elaboração de obturadores cada vez mais eficientes, principalmente no que se refere a sua adaptação. Esta tecnologia é fortemente dependente tanto do domínio das técnicas laboratoriais, quanto de habilidades específicas na arte da reconstrução da face (manuais, sensitivas e tácitas), pois sua confecção é artesanal, personalizada e individualizada, determinando que a disponibilidade e distribuição dos recursos humanos qualificados para a sua elaboração constituam-se em obstáculo significativo para um acesso mais amplo e equânime. O trabalho em tela teve por objetivo examinar o estado da arte relativo às diferentes técnicas de moldagens e confecção das próteses obturadoras utilizadas no cuidado reabilitador de pacientes maxilarectomizados, buscando subsidiar proposições para o seu aprimoramento. Este estudo teórico-exploratório utilizou dois caminhos metodológicos complementares. O primeiro tomou por base uma revisão de literatura científica nacional e internacional e acadêmica, publicada sob a forma de artigos, teses e dissertações, utilizando as bases bibliográficas MEDLINE, BBO, LILACS, SCIELO, Biblioteca Virtual de Saúde e Colaboração Cochrane, e as bases de dissertações e teses da CAPES Banco de Teses; Base Thesis e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). O segundo caminho teve por foco a exploração de um dos principais limitadores ao acesso e utilização dos dispositivos obturadores do país a escassez de recursos humanos especializados buscando-se identificar os centros formadores de capacitação nesta área específica, a partir da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação e do Conselho Federal de Odontologia, bem como o número de profissionais Protesistas Bucomaxilofaciais e Técnicos em Prótese Dentárias disponíveis em território Nacional para confecção dos obturadores, a partir de consulta ao Conselho Federal de Odontologia (CFO). Os resultados permitiram traçar um panorama histórico de desenvolvimento tecnológico destas próteses desde os primeiros dispositivos utilizando materiais da natureza. São apresentados e discutidos vários tipos de obturadores, bem como as diversas técnicas e materiais envolvidos, sendo também explorados seus benefícios para reabilitação, em particular os impactos na qualidade de vida associados ao seu uso, e alguns obstáculos técnicos a serem ultrapassados para melhoria da tecnologia reabilitadora. O exame do quantitativo e distribuição regional dos diversos profissionais envolvidos na sua confecção sinaliza uma grande escassez destes recursos humanos, bem como sua grande concentração na região Sudeste, em particular no eixo Rio - São Paulo. Além disto, o numero de centros formadores em termos técnicos de nível médio e de pós- graduação é insignificante e ainda vem ocorrendo à desativação de cursos, pela falta de procura. Esses dados apontam para significativas dificuldades no acesso a tecnologia, proveniente, sobretudo da falta e má distribuição regional de profissionais capacitados em prótese bucomaxilofacial em território nacional, dos escassos centros formadores de recursos humanos e do baixo incentivo ao ensino e pesquisa |