Abordagem comunicativa e estudo do léxico: o vocabulário em livros didáticos de Português como língua estrangeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cariello, Beatriz Abi Haya
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22012
Resumo: Os professores de português como língua estrangeira (PLE) têm uma pergunta a responder: Que vocabulário devemos ensinar? Até agora, a resposta simples tem sido “ensine o vocabulário incluído nos livros didáticos”. No entanto, esta não parece ser a melhor resposta, porque, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Center for Applied Second Language Studies (2010), apesar de aprender por quatro anos a mesma língua no ensino médio em escolas americanas, a maioria dos alunos termina com a proficiência de um iniciante superior (novice high de acordo com os descritores de proficiência do ACTFL) e somente uma pequena parcela atinge nível intermediário baixo (low intermediate segundo o ACTFL). Isso significa que as longas listas de palavras para memorização e as atividades para ensinar vocabulário presentes nos livros didáticos não têm promovido aprendizagem lexical. Neste contexto, esta Tese tem como objetivo apresentar a análise do trabalho com vocabulário em três livros didáticos para ensino de Português como Língua Estrangeira em escolas e universidades americanas. Para tanto, constituíram-se como corpus da Tese os livros Muito Prazer: Fale o Português do Brasil, Ponto de Encontro: Portuguese as a World Language e Bate-Papo:an introduction to Portuguese voltados a alunos dos níveis iniciante e intermediário. Quanto aos estudos teóricos que conduzem a análise, discutimos a abordagem comunicativa introduzida por Hymes (1970); Canale e Swain (1980); Richards e Rogers (1986) e, no Brasil, Almeida Filho (2009). Analisamos o papel dos livros didáticos na aprendizagem de línguas a partir de Cunningsworth (1995); Scaramucci, Diniz e Stradiotti (2009); Baião (2018); Azevedo e Tomitch (2019). O arcabouço teórico para o ensino de vocabulário vem dos estudos de Leffa (2000); Nation (2006); Nation e Weeb (2017); Folse (2020). A partir da análise dos livros, constatamos que a abordagem predominante é a estrutural com uma roupagem comunicativa, apesar de os autores afirmarem que o ensino do vocabulário em sua obra segue uma abordagem comunicativa. O vocabulário continua a ocupar um papel periférico, e as listas de palavras criadas a partir do tema da unidade continuam seguindo um critério subjetivo