Esternotomia parcial como uma alternativa na abordagem cirúrgica das valvas atrioventriculares e doenças do septo interatrial
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22380 |
Resumo: | Desde sua concepção, a cirurgia cardiovascular tem imposto uma série de desafios técnicos ao cirurgião. Mantendo a característica de constante aprimoramento, os cirurgiões cardiovasculares têm buscado diminuir o trauma cirúrgico, desenvolvendo técnicas minimamente invasivas. Nessa perspectiva, o presente estudo buscou estabelecer uma nova abordagem dentre as esternotomias parciais, preservando o manúbrio e o processo xifoide. Trata-se de estudo prospectivo, unicêntrico, de intervenção, realizado com pacientes submetidos a cirurgias cardíacas em valvas atrioventriculares e doenças do septo interatrial, no Serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ), no período de janeiro 2021 a junho 2022, com o objetivo de avaliar a esternotomia parcial como alternativa na abordagem cirúrgica das valvas atrioventriculares e defeitos septais. Avaliados 20 pacientes, com as seguintes doenças cardiovasculares: insuficiência mitral (n=8, 40%); estenose mitral (n=5, 25%); comunicação interatrial ostium secundum (n=3, 15%); comunicação interatrial seio venoso – veia cava superior (n=2, 10%); e mixoma (n=2, 10%). Os pacientes foram submetidos a: troca valvar mitral (n=13, 65%), atriosseptoplastia (n=5, 25%) e ressecção de mixoma atrial (n=2, 10%). Sobre os desfechos, 3 (15%) pacientes apresentaram necessidade de conversão para esternotomia mediana completa; não houve casos de infecção de ferida operatória; o uso de drogas vasoativas ocorreu em 4 (20%) pacientes; não houve casos de AVC; 1 paciente apresentou encefalopatia anóxica que evoluiu para morte encefálica; nenhum paciente necessitou de marca-passo; ocorreram 2 (10%) óbitos: um por morte encefálica e outro por choque cardiogênico no período pós-operatório imediato ( 24 horas iniciais pós-procedimento). O tempo de internação apresentou média de 5,4 dias. Os resultados encontrados evidenciam um procedimento factível do ponto de vista técnico, com tempo cirúrgico comparável aos realizados por esternotomia mediana, com excelente resultado quanto à ausência de infecção do sítio operatório, estabilidade do esterno e resultado estético. A maior parte dos pacientes estudados foi liberada para suas atividades habituais dentro do tempo esperado. |