Pena e guerra: Tobias Barreto e o horizonte teleológico do modelo negativo para uma dogmática consequente e uma penologia crítica redutora de danos
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22669 |
Resumo: | Trata a pesquisa, a partir da experiência de prisionalização e do impetuoso crescimento da população carcerária que consolida o hiperencarceramento, da reflexão do papel do discurso jurídico na contenção do poder punitivo e do reconhecimento da responsabilidade ética e social dos sistemas teóricos sobre a realidade na qual operam. Como hipótese central, é proposta uma releitura do modelo negativo como efetivamente redutor do punitivismo a partir do abandono das teorias idealistas da pena (absolutas, relativas e polifuncionais) em sua fundamentação (contratualista) e perspectiva social (consensualista). Superando o conceito de ius puniendi, fruto da renúncia categórica ao fundamento consensual da punição, critica-se o potestas puniendi (forma programada de violência e de função instrumental de controle social) e propõe-se uma penologia crítica condicionada à adoção de critérios interpretativos fundados na ideia de conflito – ruptura necessária em razão dos efeitos genocidas produzidos pelo punitivismo e encarceramento massivo. O resgate metafórico da pena como guerra de Tobias Barreto move a reflexão, definindo punição como manifestação concreta do poder político, negando justificação jurídica da sanção e cindindo com as tentativas de dar-lhe finalidade positiva e a ela associar virtudes civilizatórias em tom panglossiano, face à sua inconteste esterilidade. Em razão da sua pulsão violenta tendente ao excesso que necessita de contração (teleologia redutora), a investigação sustenta a capacidade crítica de uma dogmática consequente que transponha esse modelo, viabilizando a construção de novos referenciais e alternativas para uma atuação ética útil a salvar vidas e atenuar sofrimentos. |