O estudo dos róticos no Estado do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vieira, Shirley
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6162
Resumo: Considerando a grande diversidade linguística acerca do rótico no Brasil, a presente tese propôs-se a averiguar sua ocorrência na fala do Estado do Espírito Santo. O estudo, pautado na Dialetologia e na Sociolinguística Laboviana, conta com 128 informantes, em entrevistas coletadas em 32 municípios capixabas. As variantes do r foram analisadas em quatro contextos fonológicos: a) contexto pós-vocálico final de palavra; b) contexto pós-vocálico medial; c) contexto pré-vocálico inicial de palavra e d) contexto intervocálico. Coletados e transcritos, os dados foram analisados utilizando o programa Varbrul, na versão Goldvarb 2001, e representados espacialmente por meio de mapas. Como resultado, observamos em contexto final, alta taxa de apagamento da variável (81%). Nos demais contextos, houve predominância da variante fricativa glotal []. Em consonância com diversos trabalhos realizados acerca dos róticos, presenciamos no Estado capixaba, sólida mudança quanto ao processo de posteriorização de r , rumo ao amplo enfraquecimento do rótico até seu apagamento em contexto final de vocábulo. Em relação à distribuição espacial das variantes, observamos áreas de diferenciação em algumas microrregiões capixabas, sobretudo em regiões de forte imigração em seu processo de colonização. Por fim, destacamos o papel da variável gênero em nossos resultados, que mostram as mulheres como propulsoras no uso das variantes mais inovadoras.