Academias ao ar livre no Brasil como política de promoção da saúde de idosos: caso das Academias da Terceira Idade na Cidade do Rio de Janeiro (2009-2019).
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16524 |
Resumo: | Introdução: As Academias da Terceira Idade (ATI) são espaços com equipamentos similares aos de uma academia convencional de musculação adaptados para estarem ao ar livre cuja proposta é oferecer, gratuitamente e de fácil acesso, a prática de exercícios físicos a adultos e idosos. O município do Rio de Janeiro implementou a sua primeira unidade, em 2009, três anos após a primeira ser inaugurada, no Brasil, em Maringá, especificamente. Porém, pouco se sabe sobre como se deu essa implementação, quais as metas atingidas, o porquê da escolha de certos bairros para receberem uma ATI e aparelhos serem diferentes de outras localidades, e por que a única ATI instalada em um campus universitário no país ter sido fechada, mesmo que o objetivo fosse torná-la uma academia-modelo que serviria como campo de investigação científica para pesquisadores de diferentes áreas. Objetivo: Investigar o histórico e discutir o processo da implementação das ATI, no Brasil, em especial, na cidade do Rio de Janeiro. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa histórica com a utilização de fontes escritas, tais como: revisão da literatura, matérias veiculadas por emissoras de televisão e internet, matérias jornalísticas digitalizadas e disponibilizadas pelo site Acervo O Globo, arquivos públicos como Diários Oficiais e fontes orais. A abordagem de tempo presente foi escolhida para ajudar a compreender o processo de implementação e continuidade das ATI na cidade do Rio de Janeiro, a partir da narrativa de quatro pessoas que participaram desse processo, de 2009 a 2020. As entrevistas foram realizadas entre 2017 e 2020, através de questionário e reunião realizadas na plataforma virtual Zoom Meetings. Após a realização de todas as entrevistas, a transcrição foi efetuada com o uso do Youtube e serviço oferecido pela Logus Academy e revisadas, manualmente, ou com o auxílio do site “otranscribe.com”. Resultados: As ATI surgiram a partir de modelos copiados da China, que inaugurou os equipamentos à época do Jogos Olímpicos de Pequim. No Brasil, os aparelhos foram construídos por tentativas e erros. Em Maringá, a escolha dos bairros para a instalação das ATI deu-se com base na quantidade de idosos da região. No Rio, não há registros do estudo de levantamento, mas, a primeira ATI foi em Copacabana, bairro com a maior quantidade de idosos longevos da cidade. Com o tempo, as ATI passaram a fazer parte de um Projeto maior, o Rio Ar Livre (RAL), que agrupava outros programas de oferta de exercício físico gratuito para idosos. Uma ATI, conhecida como RAL/ UERJ, foi instalada no campus dessa Universidade, mas, fechada por imposição do Ministério Público. No início, as ATI da cidade ofereciam aulas orientadas por professores de Educação Física com suporte de técnicos de Enfermagem e auxiliar administrativo. Com o tempo, as equipes foram dispensadas, as ATI foram desaparecendo e, hoje, pouco se sabe de quantas, ainda, existem na cidade, quantas pessoas são atendidas e o impacto dos exercícios na saúde dos usuários. Há estudo, porém, falando do impacto negativo do fechamento do RAL/ UERJ na vida dos idosos que participavam. Conclusão: Como política pública, as ATI são uma opção adequada de promoção da saúde de idosos, através da prática de exercícios físicos, desde que haja uma gestão adequada, sem encerramento das atividades seja por falta de pagamento dos colaboradores, seja por falta de manutenção dos equipamentos, seja porque não há estudos sobre os impactos na saúde dos usuários. Sugere-se uma gestão orientada por resultados e a transparência e acessibilidade na divulgação das informações relativas às ATI. |