Dos pilares da criação: as dimensões narrativas e simbólicas na obra Incal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Melo, Bruno Dantas Quirino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20171
Resumo: Esta pesquisa busca analisar as dimensões narrativas e simbólicas que compõem a obra Incal (1980 - 88), de Jodorowsky e Moebius, inclusive em suas correspondências com Duna (1965), de Frank Herbert, livro com o qual a obra mantém uma relação de derivação. Investigando a constituição do quadrinho cult de Jodorowsky primeiro isoladamente em abordagem que cobre forma e conteúdo, para depois inserir nessa lógica a noção de transmutação (derivação e transformação de uma ideia em outra), podemos ter a dimensão clara do que é o processo criativo em um enquadramento tão singular, como foi a concepção dessa obra de ficção científica. A partir de uma discussão sobre linguagem, narrativa, imaginário, mito, arquétipo e outros elementos mobilizados no Incal, a pesquisa busca investigar, através da perspectiva teórico-metodológica da Hermenêutica de Profundidade, como a obra articula esses elementos dentro da lógica singular de uma obra que se sustenta em si, e também da transmutação da ideia de Duna para o processo de criação do Incal. A confluência de ideias do trabalho desemboca na seguinte questão: como ocorre o nascimento da novidade partindo de uma ideia que não é criada do vazio, mas de um processo de derivação? Conclui-se, fazendo uso das referências narrativas e simbólicas para explicar que Duna fora um prisma para Jodorowsky, a partir do qual o autor chileno pode descobrir novos espaços dentro de si mesmo, pensar um novo gênero. O Incal surge como uma coisa autêntica ao refletir Jodorowsky, quando Jodorowsky se deparou com Duna, e nele encontrou a si mesmo. O autor disse que colocou em seu quadrinho tudo o que criara de novo para sua adaptação de Duna, fica o Incal, portanto, como a imagem original de Jodorowsky sob o prisma de outro autor, a decomposição de um espectro em novas cores.