O mito da racionalidade plena: um estudo sobre o pensamento intuitivo e os vieses cognitivos no processo de tomada de decisão judicial
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17705 |
Resumo: | Os últimos séculos têm sido profícuos com relação ao desenvolvimento de teorias normativas da decisão judicial. Todas elas pressupõem, contudo, que a decisão judicial seja um produto de plena racionalidade humana. Esta pesquisa busca demonstrar que, com o desenvolvimento das ciências comportamentais ao longo das últimas décadas, comprovou-se que a racionalidade humana plena e constante é um mito. Cada vez mais, tem-se reconhecido o importante papel que o pensamento intuitivo desenvolve nos processos de tomada de decisão dos seres humanos. Assim, assiste razão, ainda que apenas parcialmente, à afirmação de alguns juristas e movimentos jurídicos no sentido de que os juízes primeiramente descobrem a sua decisão por intuição e, apenas após, a fundamentam mediante argumentos racionais. Seguindo essa linha, analisar-se-ão diversos estudos empíricos, desenvolvidos em diversas partes do mundo, sobre como há vieses e heurísticas no pensamento humano que afetam a tomada de decisão, inclusive a judicial, conforme demonstrado por pesquisas voltadas especificamente para o comportamento judicial. Ao final, serão analisadas algumas estratégias para a redução dos referidos vieses, ressaltando-se inclusive o fato de que conscientizar os magistrados acerca da existência desse problema é um primeiro passo para superá-lo |