A seleta paleta de Cesário Verde
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6844 |
Resumo: | Este trabalho é um estudo pictórico sobre a poesia de Cesário Verde, poeta português da segunda metade do século XIX. Em primeira instância, à luz da história, será efetuada a contextualização do autor, através dos historiadores Arnold Hauser, José Mattoso e Joel Serrão, apontando para o fato de que a industrialização tardia e o fim do velho sistema de mecenato colocaram os poetas e os pintores, em termos socioeconômicos, em pé de igualdade, em Portugal. No capítulo O pictórico em Cesário , destaca-se a cor como senso de realidade para o poeta, a partir das ideias do teórico de arte Robert Kudielka e das associações entre estrofes ou versos com quadros dos pintores da escola de Barbizon, com o romântico alemão Caspar David Friedrich, os conterrâneos do poeta, José Malhoa, Columbano e Silva Porto, além de Pissaro e Monet, no intuito de promover ligações entre o verbal e o imagético. No capítulo O(s) Nós de Seurat , será apresentado, pelo poema Nós, o fim da dicotomia campo-cidade na obra de Cesário, ratificada por Hélder Macedo, estabelecendo-se uma correlação com pinturas de Georges Seurat, artista que vê tanto o campo quanto a cidade como ambientes dados ao trabalho e passíveis de mudanças sociais que em nada antagonizam necessariamente. No último capítulo, O expressionismo dum Ocidental , será abordada a subjetividade pictórica de expressão estudadamente espontânea, realçada pelo filósofo Friedrich Nietszche, por meio da conexão entre afrescos de Van Gogh, Paula Modersohn-Becker e Edvard Munch com estâncias do poema O sentimento dum Ocidental. A melancolia e a angústia de um poeta que assiste seu Portugal, cujo passado glorioso contrasta com o presente decadente e o futuro incerto, em derrocada, são exploradas na leitura comparativa desse poeta-pintor de versos |