Uma cartografia das encruzilhadas da psicologia na socioeducação
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20078 |
Resumo: | A presente pesquisa se debruça sobre as práticas das psicólogas que atuam no Departamento Geral de Ações Socioeducativas, instituição responsável pela execução das medidas socioeducativas em meio fechado no Rio de Janeiro. Identificamos que embora a temática da Socioeducação esteja presente em diversos estudos, há ainda lacunas na literatura a respeito das especificidades da Psicologia nesse contexto, sendo privilegiadas as discussões em torno da efetivação das políticas públicas conforme as legislações, idade penal e o fenômeno da violência urbana. Nosso objetivo consiste em mapear as diferentes práticas psi no contexto das medidas de internação e semiliberdade, bem como na internação provisória (acautelamento), e os diferentes planos de forças que incidem sobre a atuação profissional nesses espaços. Apostamos na cartografia como referencial teórico-metodológico que nos permite acompanhar esse conjunto de forças, algo que consideramos como sendo dinâmico e processual. Nossa primeira questão, aquela que se entende como “problema de pesquisa”, mas que pensamos mais como um fio condutor, parte da pergunta: Que versões da Socioeducação são experienciadas pelas psicólogas que atuam na privação de liberdade? Observamos que no acúmulo de experiências compartilhadas pelas profissionais, inúmeros desafios se apresentam. A começar pelo esvaziamento dos sentidos socioeducativos em detrimento de uma lógica de (in)segurança, calcada em uma política de preservação da ordem que acompanha a rotina institucional. Além disso, há uma gama de expectativas, interferências e desqualificações pelos diferentes atores que compõem o sistema socioeducativo, que tentam reduzir o papel das psicólogas a meras “fazedoras de relatório” e “enxugadoras de gelo”. Diante das encruzilhadas que se apresentam à atuação profissional, um cruzamento de caminhos com vários pontos de partida e de chegada, a Psicologia mostra sua força através da escuta atenta às subjetividades, no acolhimento às alteridades e as diferenças que se produzem nos mais diversos encontros, no cuidado com adolescentes, famílias e equipes, na denúncia às estratégias de extermínio físico e simbólico de nossas juventudes, alicerçada na perspectiva de garantia de direitos e na aposta de afirmação da vida em todas as suas intensidades. |