O Agente Comunitário de Saúde no enfrentamento da pandemia COVID-19 na área programática 3.2 no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Domingues, Luciene Pitangui
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFSAÚDE)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22771
Resumo: A presença do Agente Comunitário de Saúde (ACS) no monitoramento do território favorece o conhecimento das famílias e do território contribuindo para ações de vigilância, monitoramento e educação em saúde no enfrentamento da pandemia COVID-19. O bjetivo foirefletir e analisar a atuação do ACS no enfrentamento da pandemia COVID-19.Inicialmente utilizou-se como metodologia a aplicação, via remota, de um inquérito respondido por 45 ACS que atuam nas unidades de saúde da Coordenação de Área Programática 3.2, do município do Rio de Janeiro, para identificar o perfil demográfico e social e as atividades em que estiveram envolvidos nas suas unidades/equipes de saúde durante a pandemia de COVID-19. Na segunda etapa foram realizadas entrevistas com roteiro semi estruturado, de modo presencial, com 17 ACS e posterior análise temática das falas. Os resultados demonstraram que o inquérito identificou um perfil sócio-demográfico dos agentes semelhante à literatura sobre o tema com predomínio de agentes do sexo feminino, raça preto ou parda e maiorpercentual de escolaridade no nível médio. Quanto às ações de vigilância, elas foram mantidas através de visitas domiciliares e monitoramento remoto para grupos de maior vulnerabilidade e sintomáticos respiratórios. Da análise das entrevistas, integrada com as anotações do diário de campo e os registros da literatura sobre o tema emergiram 3 categorias: 1) Saúde da família: gente que cuida de gente e do território , 2) O cotidiano e as práticas do ACS na pandemia3) Repercussões da pandemia na saúde dos ACS. Foram marcantes as falas sobre os processos de trabalho e as competências necessárias destes profissionais no período pandêmico; o engajamento com o trabalho junto aos usuários e as equipes, mesmo em circunstâncias de grande sobrecarga pessoal e profissional no período pandêmico. Outro aspecto relevante foi a adaptação às mudanças no processo de trabalho que impuseram a realização de diferentes atividades em cada fase da pandemia. A sensação de medo e luto, o trabalho junto a população em situação de vulnerabilidade e a sobrecarga de trabalho foram elementos relacionados pelos agentes como causadores de grande sofrimento na saúde física e emocional. Concluiu-se que refletir sobre a atuação do ACS no enfrentamento da pandemia COVID- 19 corrobora para compreender e analisar a especificidade deste profissional de saúde que atua exclusivamente no SUS, além de vislumbrar a importância de um sistema de saúde pautado na Atenção Primária em Saúde fortalecida, equitativa e inclusiva que contemple as necessidades de saúde locais.