Diálogos mitopoéticos: fantasia subcriativa, reencantamento e construção de mundos ficcionais em J. R. R. Tolkien, C. S. Lewis e Arthur Machen
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23152 |
Resumo: | No final do século XIX e início do século XX, o progresso científico tecnológico provocou um ―desencantamento‖ do mundo que conduziu a sociedade moderna à secularização em diversas esferas da cultura humana. Na crítica literária, o efeito desta desmagificação foi perceptível principalmente na produção e apreciação de obras que eram miméticas da realidade e, consequentemente, na marginalização das histórias de fantasia como arte escapista diante de uma nova realidade histórica de responsabilidades científicas, políticas e sociais. Neste cenário, J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis foram autores que contribuíram para a ressurgência deste gênero literário no século XX, resistindo ao espírito do tempo através da Mythopoeia como liberdade subcriativa do autor, que, por meio da potência da imaginação, tem legitimidade para elaborar histórias em um microcosmo ficcional com suas leis próprias e consistência interna. Arthur Machen, autor de contos de horror na literatura decadentista do fin de siècle, também teve sua importância no desenvolvimento de mundos ficcionais que exploram histórias fantásticas de maneira intrusiva, considerando a atmosfera do mundo moderno em sua elaboração ficcional. O objetivo desta dissertação é analisar a imaginação mitopeica nas histórias dos universos ficcionais de ―O grande retorno‖ e O terror, de Arthur Machen (2019, 2020), O Hobbit, de J.R. R. Tolkien (2019), e As crônicas de Nárnia: A viagem do Peregrino da Alvorada, de C. S. Lewis (2017), a fim de comprovar que, nas obras desses autores, ela é, ao mesmo tempo, uma crítica ao materialismo automatizador e um convite ao reencantamento do mundo por meio da imaginação literária. A análise será norteada pelas perspectivas teóricas dos autores nos ensaios: ―Sobre histórias de fadas‖, de Tolkien (2020), Hieroglyphics, de Machen (1926), e Um experimento em crítica literária, de Lewis (2019). |