Microcirculação e biomarcadores em indivíduos com hipertensão arterial resistente, hipertensão leve a moderada e em normotensos

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Junqueira, Camillo de Léllis Carneiro
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
• Palavras-chave em Português: Microcirculation; Biomarkers; Arterial hypertension; Microcirculação; Biomarcadores; Hipertensão arterial; Inflamação; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::CARDIOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8598

O aumento da resistência vascular periférica correlaciona-se à hipertensão arterial primária. A microcirculação determina a resistência periférica, contribuindo para o aumento da pressão arterial. A videocapilaroscopia (VCLP), a pletismografia por oclusão venosa (POV), os marcadores inflamatórios e as moléculas da adesão são usados para avaliação da microcirculação e análise de danos vasculares na hipertensão arterial. O objetivo deste trabalho foi comparar o comportamento de marcadores inflamatórios séricos e estudar a microcirculação através da VCLP e POV em pacientes com hipertensão resistente (HR), pacientes com hipertensão leve a moderada (PH) e em indivíduos normotensos (GC). Estudados 75 indivíduos: 25 com diagnóstico de hipertensão resistente (HR), 25 com hipertensão leve a moderada (PH) e 25 normotensos (GC). Todos foram submetidos à anamnese, dosagem de marcadores séricos: proteína C-reativa (PCR), endotelina, adiponectina, I-CAM, V-CAM e à realização de VCLP e POV. Realizada também a subanálise dos hipertensos sem uso de estatina e com o controle ou não da pressão arterial. Variáveis da VCLP analisadas: densidade capilar funcional, diâmetro dos capilares do leito ungueal, velocidade das hemácias dos capilares do leito ungueal (VDH), velocidade máxima de deslocamento das hemácias (VDH max) após 1 minuto de isquemia e tempo para alcançar a VDH max (TVDH max). Variáveis da POV analisadas: percentual de fluxo e resistência nos períodos basal, pós-isquemia de 5 minutos no antebraço (fase endotélio dependente) e pós-utilização de nitroglicerina sublingual (fase endotélio independente). Os testes estatísticos usados foram: ANOVA de Kruskal-Wallis, Teste de Dunn e ANCOVA. Dos 75 indivíduos, 41,3% eram do sexo masculino e 58,7% do sexo feminino, com média de idade 49,9±14,2 anos, IMC médio de 27,5±4,98 kg/m2. Nas análises da VCLP e POV foram observadas alterações estatisticamente significativas (p<0,05), com valores menores da VDH, VDH max (pós-iquemia), maior TVDH max, menor percentual de fluxo máximo e maior resistência mínima pós-isquemia no grupo HR em relação aos demais, bem como em pacientes dos grupos HR e PH que não estavam com seus níveis tensionais controlados. A densidade e o diâmetro dos capilares, fase pós- nitroglicerina da POV não apresentaram nenhuma diferença significativa entre os três grupos. A PCR mostrou valores mais elevados nos grupos HR e PH. Observou-se ainda aumento da endotelina nos pacientes sem uso de estatina nos dois grupos de hipertensos. Em conclusão, pacientes com formas mais graves de HA e/ou ausência de controle dos níveis tensionais apresentaram maior dano funcional na microcirculação e comprometimento da reatividade vascular, quando avaliados pela VCLP e POV, assim como maiores valores séricos de marcadores inflamatórios.