Avaliação da toxicidade de polissulfetos de Petiveria alliacea L. em associação à radiação ionizante, em DNA plasmidial e células tumorais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ikawa, Verônica Botelho Maciel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21759
Resumo: A planta Petiveria alliacea L. é tradicionalmente utilizada na medicina popular para tratar diversas doenças e sintomatologias, entre elas depressão, reumatismo, dor e câncer. Dentre os polissulfetos presentes na espécie vegetal o trissulfeto de dibenzil (DTS) é um dos compostos com inúmeros relatos na literatura com atividade antitumoral. O câncer é uma doença multifatorial que compreende vários tipos diferentes, sendo o câncer de mama um dos mais frequentes no mundo, excluindo os cânceres de pele não melanoma, com características próprias, manifestações e evoluções diversas, incluindo a sensibilidade celular que pode variar em relação ao tratamento. Atualmente, a maior parte dos cânceres é tratada por abordagens multimodais, seja quimioterapia, radioterapia e cirurgia, entre outras, para que, juntas, atuem de forma mais efetiva no tratamento oncológico. A busca por novas substâncias ou estratégias de tratamento com capacidades antitumorais é atual e de interesse para o bem-estar dos pacientes. Então, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos biológicos dos polissulfetos: monossulfeto de dibenzila (DMS), dissulfeto de dibenzila (DDS), trissulfeto de dibenzila (DTS) e dos três polissulfetos juntos (mix) oriundos da espécie P. alliacea, associados ou não à radiação ionizante (RI), em DNA plasmidial e na linhagem tumoral MCF-7, proveniente de adenocarcinoma mamário humano. O potencial genotóxico dos polissulfetos DMS, DDS, DTS e do mix, associado ou não à RI, foi avaliado utilizando-se técnica de eletroforese para análise da conformação de DNA plasmidial em gel de agarose. Em relação aos ensaios com a linhagem MCF-7, avaliou-se o potencial citotóxico dos polissulfetos através de testes de viabilidade celular (Cristal Violeta e WST-1). O efeito do DTS associado ou não à RI também foi avaliado através dos ensaios de recuperação clonogênica, ensaio de migração e imunomarcação para γH2AX. Os resultados obtidos sugerem que os polissulfetos e o mix conferem proteção ao DNA plasmidial. Todavia, os resultados com a linhagem tumoral MCF-7 que apenas o polissulfeto DTS, isoladamente, causou citotoxicidade, com redução da viabilidade celular. Em relação aos ensaios associados à RI, os polissulfetos DMS e DDS não atuaram como radiomodificadores, protegendo ou sensibilizando os efeitos radioinduzidos. Entretanto, o DTS associado à RI, no ensaio de recuperação clonogênica, foi capaz de inibir a formação de colônias, potencializando o efeito observado apenas com a RI. No ensaio de migração o DTS não estimulou e nem inibiu a migração celular e a detecção de histonas fosforiladas (γH2AX) por imunofluorescência mostrou um aumento de quebras duplas no DNA. Esses resultados apontam, que ao contrário do DMS e DDS, o DTS foi capaz de atuar como um possível radiossensibilizador, aumentando o efeito letal quando administrado em combinação com RI.