Bidocência na Educação Infantil do Colégio Pedro II: possibilidades e desafios narrados pelas professoras
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10008 |
Resumo: | A pesquisa tem como propósito investigar a bidocência na educação infantil, a partir da experiência vivida no Colégio Pedro II. A Educação Infantil foi implementada no referido colégio, em 2012, em Realengo, tendo a multidocência dividida em duplas de professoras como organização docente. Nessa perspectiva, previu a atuação de duas professoras, ao mesmo tempo, na mesma turma, o que chamamos de bidocência. Ao chegar nessa instituição e conhecer a dinâmica de trabalho, alguns questionamentos começaram a me acompanhar: Que concepções de Educação Infantil permeavam a instituição ao adotar a bidocência? A bidocência na Educação Infantil do CP II contribuia para contemplar, tanto a singularidade de cada criança, quanto o papel do grupo na formação dos sujeitos? Como se organizava o cotidiano escolar para que a bidocência pudesse acontecer dentro da multidocência? A bidocência pode se caracterizar como espaço de formação docente? Tais questões foram se delineando a partir do exercício cotidiano da prática pedagógica. Assim, foi sendo construído o objetivo desta pesquisa: investigar as possibilidades e os desafios da bidocência na Educação Infantil do Colégio Pedro II. A pesquisa é de caráter qualitativo, fundamentada numa perspectiva sócio-histórica e tem como sujeitos, além da própria autora, 10 professoras que trabalham na Educação Infantil do Colégio Pedro II. A Roda de conversa foi escolhida como um caminho metodológico preferencial desta pesquisa inspirada na perspectiva dialógica de Mikhail Bakhtin e, tendo ainda como aporte, Sonia Kramer, Flavia Motta e Wanderley Geraldi. Esta pesquisa também contou com as anotações do diário de campo da autora e uma entrevista realizada com uma das professoras responsáveis pelo Projeto de Implementação da Educação Infantil no Colégio Pedro II. Para refletir sobre pedagogias participativas, a pesquisa recorreu a autores como Júlia Oliveira Formosinho, Ana Lucia Goulart e William Corsaro. Nas questões referentes ao processo formativo vivido no cotidiano escolar e à reflexão coletiva entre docentes Mairce Araujo, Guilherme Prado, Jacqueline Morais, Regina Leite Garcia. As dissertações de Cavalcante, Cotrim e Vendas e a tese de doutorado de Oliveira, pesquisadoras e professoras do Colégio Pedro II, possibilitaram ricas interlocuções com a pesquisa. A pesquisa com e no cotidiano da Educação Infantil do Colégio Pedro II permitiu elencar alguns aspectos relevantes da bidocência. O primeiro é que a bidocência experimentada ali, inserida num processo de multidocência, tem muito a contribuir para a vivência de uma proposta participativa de pedagogia. Como segundo aspecto, decorrente do primeiro, reafirmar a importância da reflexão coletiva como condição para efetivar tais projetos, tanto da bidocência, quanto da pedagogia participativa. Um terceiro aspecto, não menos importante que os anteriores, é que reconhecendo o cotidiano escolar em sua complexidade, as contradições e as tensões, bem como a co-existência de projetos pedagógicos de natureza, às vezes, até antagônicas, são partes constitutivas da própria instituição. |