Preparação de biocompósitos magnéticos à base de gelatina para liberação controlada de doxorrubicina
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Química BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15656 |
Resumo: | Dispositivos para liberação controlada de fármacos são sistemas à base de polímeros que contém, em seu interior, uma carga farmacêutica que é liberada gradativamente quando em contato com o meio fisiológico. Esta liberação gradual do fármaco oferece grandes vantagens quando se compara ao método convencional de adminstração como, por exemplo, maior concentração do medicamento no tecido doente e menos efeitos adversos. Quando este tipo de sistema contém material magnético, ele pode ser facilmente direcionado e, consequentemente, o tempo para o dispositivo chegar ao local desejado, assim como o percurso percorrido diminuem. Com a finalidade de se obter um dispositivo magneticamente controlado para liberação de doxorrubicina (DOX), foram estudadas a preparação e a caracterização de biocompósitos à base de gelatina e magnetita. Microesferas foram preparadas por meio de emulsão água-em-óleo e diferentes agentes de reticulação com baixa citotoxicidade (frutose, glicose, 1-etil-3-(3-dimetilaminopropil) carbodiimida, glutaldeído, genipina) foram avaliados em substituição ao reticulante convencional (glutaraldeído), com o intuito de minimizar efeitos adversos ocasionados pela liberação de moléculas de agente de reticulação após a degradação do biocompósito nas células alvo. Magnetita obtida com cloreto ferroso ou sulfato ferroso, além de um fluido magnético, foram avaliados a fim de maximizar a magnetização dos biocompósitos. A influência de campo magnético constante, campo magnético oscilante e ausência de campo magnético sobre a liberação de doxorrubicina também foi estudada. Os biocompósitos foram caracterizados por percentual de gelatina dissolvido em água (técnica de determinação de proteína com reagente de biureto), microscopia eletrônica de varredura, análises termogravimétricas, magnetômetro de amostra vibrante e testes de liberação in vitro do fármaco. A ferramenta planejamento de experimentos variando-se o tipo de reticulante (frutose ou glicose), a concentração de reticulante, o tempo de aquecimento e pH do meio reacional foi realizado a fim de encontrar quais parâmetros influenciam o grau de reticulação das microesferas. Os resultados mostraram que tanto a frutose como a glicose têm sua reação de reticulação fortemente influenciada pelo pH reacional e pelo tempo de reação. Comparando-se todos os reticulantes estudados, verificou-se que, a genipina é o melhor agente de reticulação para as cadeias proteicas de gelatina, porém seu alto custo (cerca de R$ 880,00/g de microesferas) inviabiliza processos em larga escala. A utilização de frutose como reticulante levou à obtenção de microesferas de gelatina com propriedades físicas melhores que as reticuladas com glutaraldeído e de baixo custo (cerca de R$ 2,25/g de microesferas). Os biocompósitos sintetizados apresentaram elevada magnetização de saturação e comportamento superparamagnético. Além disso, variando-se o campo magnético externo foi possível modificar o perfil de liberação de doxorrubicina |