Condicionantes litológicos e estruturais na evolução da rede de drenagem, Sapucaia-RJ, médio vale do Rio Paraíba do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Sarti, Therence Paoliello de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7084
Resumo: O Rio do Paraíba do Sul está encaixado sobre rochas neoproterozóicas do Brasiliano possuindo uma direção principal ENE-WSW que companha o strike das camadas geológicas. Próximo à cidade de Sapucaia-RJ o vale deste rio apresenta um estrangulamento denominado aqui de Estreito de Sapucaia . Através da análise de mapa hipsométrico, de perfis topográficos e do perfil longitudinal do Rio Paraíba do Sul, foi constatado que a feição morfológica do Estreito de Sapucaia é um divisor de drenagem regional de direção NNW-SSE e um nível de base regional que dita o trabalho erosivo realizado pelo Paraíba do Sul e de parte de seus afluentes na área estudada. O mapa hidrológico apresenta canais com mudanças abruptas de direção, indicativos de capturas de drenagem, sendo que muitas vezes essa mesma direção continua nos canais de bacias hidrográficas contíguas formando lineamentos de vales separados por um divisor. Estas capturas de drenagem acontecem em afluentes do Rio Paraíba do Sul que possuem direções contrárias a ele, assim como o Rio Calçado que flui por cerca de 20 km na direção oposta até mudar de direção próximo a sua foz no próprio Rio Paraíba do Sul. Estes canais de direção contrária ao rio principal sugerem a existência de uma antiga direção principal para oeste, que foi modificada por capturas de drenagem originadas a partir do rebaixamento de um paleo-divisor que existia no local onde hoje é o Estreito de Sapucaia e que dividia o Paraíba do Sul em dois segmentos de direções distintas, ENE e WSW. Acredita-se que este fato ocorreu durante a reativação tectônica rúptil na transição Mesozóico/Cenozóico quando foram geradas estruturas que se sobrepuseram às antigas estruturas até então existentes, reorganizando, assim, a distribuição dos fluxos hidrológicos. A inversão da direção do fluxo hidrológico para ENE aumentou a área de influência do Paraíba do Sul incrementando a quantidade de sedimentos disponíveis para o preenchimento da Bacia de Campos. Desta forma, acredita-se que esta captura de drenagem teve como data o Meso-Eoceno que marca o momento em que a Bacia de Campos deixa de estar faminta para receber um grande aporte sedimentar