Ressonâncias clínicas da maternidade e sua incidência na relação mãe-filha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Echevarria, Romina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14588
Resumo: Partindo das variadas queixas, sintomas e demandas das minhas analisandas mulheres no que tange às suas experiências com a maternidade e seus desdobramentos, proponho nesta pesquisa realizar uma reflexão sobre as diferentes maneiras como as mulheres lidam hoje com questões em torno da maternidade e sua incidência na relação mãe-filha. A hipótese que sustenta o trabalho é a de que as particularidades do desejo inconsciente podem trazer à tona diversas inquietações relativas à maternidade, que emergem ao longo da vida das mulheres, e que, muitas vezes, refletem seus próprios conflitos, influenciando, assim, a ímpar relação que se estabelece entre mãe e filha. No contexto de investigação, são considerados tanto o percurso feminino de constituição subjetiva em que se fez necessária uma retomada dos principais conceitos da teoria pulsional nas obras de Freud e Lacan quanto as mudanças no contexto social atual, que incidem nas escolhas das mulheres. Partimos do pressuposto de que as possibilidades de escolhas ofertadas às mulheres nos dias atuais podem incidir em seus desejos inconscientes. Busca-se com a prática, através dos traços de seis diferentes casos clínicos e de duas obras literárias atuais, um fio condutor que possibilite a construção teórica: a leitura singular de como cada uma das analisandas e das personagens dos livros lidam com seus sintomas, desejo inconsciente, e buscam bordejar a falta que as constitui, e sua possível incidência na relação mãe-filha. É, portanto, a práxis psicanalítica com as mulheres sem perder de vista sua condição de filhas e sua possível condição de mães o norteador deste trabalho. Percebe-se que, embora a maternidade seja desencadeadora de diversos desafios e transformações na vida das mulheres, a forma de lidar com ela é singular para cada uma e faz relação com os caminhos nos quais as mulheres se lançam em busca da feminilidade incidindo na relação mãe-filha. Assim sendo, ainda que não possamos falar sobre A mulher , uma clínica das mulheres afetadas por serem não-todas não é uma impossibilidade