Morfologia, taxonomia e sistemática das espécies de Scolodontidae (Baker, 1925) (Gastropoda, Heterobranchia, Pulmonata, Stylommatophora) do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Barbosa, Amilcar Brum
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16201
Resumo: Scolodontidae compreende 14 gêneros de gastrópodes terrestres com ampla distribuição pela região Neotropical, embora sejam pouco conhecidos. O objetivo deste estudo foi descrever as conchas, a morfologia externa, o complexo palial, o sistema reprodutor e a rádula das espécies de Scolodontidae do Estado do Rio de Janeiro, visando contribuir para a sistemática da família. Analisou-se Happia vitrina (Wagner, 1827), Happia nana (Wagner, 1827), Prohappia besckei (Dunker, 1847), Tamayoa banghaasi (Thiele, 1927), Happiella aff. grata (Thiele, 1927), Guestieria sp., Entodina sp., Scolodonta aff. spirorbis (Deshayes, 1850), Wayampia sp., Miradiscops brasiliensis (Thiele, 1927) e Miradiscops sp. Para a realização da análise cladística, selecionou-se como grupo externo Haplotrema sportella (Gould, 1846). As espécies selecionadas para a análise, estudadas diretamente, foram Happiella aff. grata, Entodina sp., Prohappia besckei, Happia vitrina, Tamayoa banghaasi e Guestieria sp. As outras espécies, cujos dados foram extraídos das descrições de diversos autores, foram Zilchistrophia tridentata Weyrauch, 1960, Systrophiella eudiscus (Baker, 1925), Systrophia systropha (Albers, 1854), Scolodonta semperi (Döring, 1875), Wayampia lutea Tillier, 1981, Miradiscops opal (Pilsbry, 1920); Hirtudiscus comatus Hausdorf, 2003 e Drepanostomella tucma Hylton-Scott, 1948. A matriz de dados com 14 táxons e 40 caracteres foi submetida ao algoritmo Traditional search do programa TNT versão 1.1, resultando em duas árvores igualmente parcimoniosas, com 120 passos, CI = 0,483 e RI = 0,415, que foram comparadas. A família Scolodontidae não formou um grupo monofilético, uma vez que não apresenta sinapomorfias, e as subfamílias Systrophiinae e Tamayoinae não foram suportadas como unidades monofiléticas. Systrophia + o clado (Zilchistrophia + Entodina) possui como sinapomorfia não exclusiva a concha subdiscoide. O clado (Zilchistrophia + Entodina) é suportado pela sinapomorfia inequívoca abertura em forma de meia-lua com calos denticulados. Corroborando hipóteses anteriores, o grupo-irmão (Drepanostomella + Guestieria) apresenta como sinapormorfias não exclusivas a concha nautiloide, linhas de crescimento sutis, rim curto e oblíquo em relação ao reto. Hirtudiscus mais o grupo-irmão (Guestieria + Drepanostomella) formam um clado suportado por uma sinapomorfia: presença de incisão do peristômio no ângulo parietal. Na segunda árvore, o grupo (Prohappia + (Tamayoa + (Scolodonta + (Happia + (Wayampia + (Miradiscops + (Systrophiella + (Hirtudiscus + (Guestieria + Drepanostomella))))))))) foi recuperado, tendo como sinapomorfias não exclusivas: pé aulacópode sem truncatura na extremidade caudal, proporção vesícula seminal/duto hermafrodita entre 1/5 e a metade, falo mais calibroso que o epifalo. Na primeira árvore, este grupo não possui como sinapomorfia pé aulacópode sem truncatura na extremidade caudal. O grupo-irmão (Scolodonta + Happia) possui como sinapomorfia não exclusiva a presença de músculo suspensor da vagina.