"Presente" ao lado do Leviatã: o estudo de um caso de policiamento no Leblon

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Robson Rodrigues da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22285
Resumo: Esta tese é sobre policiamento e governança da segurança em sociedades complexas contemporâneas; trata-se especificamente do estudo de caso de uma das operações do Programa Segurança Presente, criado em 2015 pelo governo do estado com o pretexto de incrementar, em parceria com a sociedade, o policiamento em alguns bairros e regiões do estado do Rio de Janeiro. No entanto, a natureza ambivalente de sua estrutura, que contava em seu efetivo com policiais de folga e agentes civis contratados para exercerem atividades de policiamento, bem como a turbidez de seu escopo suscitaram críticas e desconfianças sobre o programa. Nesse sentido, o presente estudo se propôs a analisar, por meio de uma “etnografia cotejada”, a natureza e o escopo da operação presente, inaugurada em fins de 2018 no Leblon, bairro de classe média alta, localizado na Zona Sul da capital carioca. Os resultados mostraram que, ao invés de um policiamento híbrido, como encontrado em outras sociedades da modernidade tardia em que o policiamento tem sido estudado, como um arranjo de agentes estatais e não estatais para o controle social do crime, a operação presente se apresenta aqui como um híbrido, mas um híbrido por opção e oportunidade políticas, muito em razão das características de uma modernidade marcadamente “liminar”, como a brasileira, conforme observa Roberto DaMatta.