Cartografando gestos escolares de surdos em Rio Bonito: entre o Maior e o menor da educação
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9972 |
Resumo: | Esta pesquisa trata das tensões entre as Histórias e Políticas da Educação de Surdos e as histórias escolares de quatro pessoas surdas de Rio Bonito, RJ. Histórica e politicamente, a surdez vem sendo narrada pelos ouvintes e entendida como uma falta, uma deficiência, uma falha, que deve ser completada a partir da normalização do corpo surdo, principalmente através dos dispositivos escolares. Maura Corcini diz que a surdez é uma invenção (2006) que se dá exatamente no campo da produção dos sentidos. Entende a surdez como um traço cultural, o que não significa retirá-la do corpo, mas que a invenção se dá a partir dos sentidos políticos que criamos: a surdez pode ser inventada apenas como condição de deficiência a partir da qual o sujeito não ouve e, por isso, necessita certa escolarização-medicalizada, que o complete ou pode ser inventada como uma experiência visual (Skliar, 1998), onde outras formas linguísticas se desenvolvem e se potenciam. Gilles Deleuze e Félix Guattari (1977) nos apresentam o conceito de literatura menor, como dispositivo para estudar a obra de Franz Kafka. A tentativa aqui é promover um deslocamento: usar esse conceito, operando com a noção de histórias menores, como dispositivo para pensarmos em gestos e pistas emergentes dessas histórias escolares dos surdos, como histórias de resistências às formas em que, hegemonicamente, vêm sendo inventadas e, em decorrência desta invenção, quais políticas educacionais vêm sendo promovidas para a escolarização deles em Rio Bonito. |