O tear da criatividade: cognição social, mediação e agência na prática pedagógica de PLM em movimento
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18132 |
Resumo: | O trabalho investiga a criatividade na sala de aula de PLM, no intuito de entender sua relação com a cognição social, a mediação e a agência e de contribuir para a construção de conhecimento na área. Para tanto, a pesquisa de natureza qualitativa, interpretativista (DENZIN; LINCOLN, 2006) de inspiração etnográfica, estuda o caso de uma turma do 7º ano do ensino fundamental em uma escola da rede pública municipal de ensino. Fundamentada na perspectiva da linguística aplicada indisciplinar (MOITA-LOPES, 1998; 2006) e crítica (PENNYCOOK, 1998; 2006), o estudo busca analisar se e como a criatividade emerge na interação entre professora e alunos em diferentes práticas pedagógicas. A fim de alcançar os objetivos pretendidos, vale-se de diferentes instrumentos de geração de dados, a saber, observação participante, diário de campo, questionário sociocultural, entrevistas semiestruturadas em sistema de grupos focais e gravação de aulas. Mobiliza as noções de subjetividade (LEONTIEV, 1978), intersubjetividade (TOMASELLO et al., 1993; TOMASELLO, 2014), atenção conjunta (TOMASELLO, 2003a; 2003b; 2014), enquadres (GOFFMAN, 2012; BATESON, 2013) e posicionamentos (HARRÉ; VAN LANGENHOVE, 1999) como categorias analíticas, na tentativa de entender como os participantes agem discursivamente e por que o fazem de tal modo. As análises indicam que a criatividade emerge nas situações favorecidas pela atitude da professora e sua ação na estrutura de participação (PHILIPS, 1972; SCHULTZ et al, 1982). Além disso, sinalizam que a escolha do tema da aula exerce papel no exercício da cognição social, ao permitir o engajamento perceptivo, emocional e atitudinal dos alunos e estimular a participação e a construção dialógica do conhecimento. Ao fazê-lo, oportuniza a emergência da criatividade enquanto efeito das ações discursivas. Nesse sentido, a criatividade passa a ser entendida como um efeito que emerge de propiciamentos (KRESS; VAN LEEUWEN, 2001; SAWYER, 2016) gerados em situações comunicacionais anteriormente consideradas impossíveis ou inviáveis em uma sala de aula e tem a agência (WEDIN, 2019) como motor desse fenômeno. |