O discurso oficial biopolítico sobre saúde em instituições relacionadas à Educação Física: uma análise de documentos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17184 |
Resumo: | Sabe-se que atualmente ainda se considera a saúde a partir de um modelo hegemônico que visa apenas a prevenção de doenças e os fatores de risco. Isso acontece, pois esse modelo reduz a saúde, que é um produto social, a um objeto passível de controle do indivíduo ignorando assim os determinantes sociais da saúde. Por isso buscamos apoio de autores que nos sugerem estudar o tema a partir dos sentidos e com uma visão plural, sendo assim escolhemos como referencial teórico conceitual os pensamentos de Georges Canguilhem e Michael Foucault para nos orientar. O objetivo geral do presente estudo foi compreender os discursos oficiais sobre saúde divulgados em documentos por instituições relacionadas à Educação Física dentro das instâncias acadêmica e profissional, considerando a perspectiva biopolítica fundamentada na obra de Michel Foucault. A tese do estudo sustenta que os discursos sobre saúde atrelados à Educação Física e divulgados em documentos por instituições na área tendem a disseminar a ideia de que as pessoas devem tomar cada vez mais para si a responsabilidade pelo cuidado com a própria saúde distanciando-se de uma relação do sujeito para com os outros. Este fato contribui para o atraso no processo de ampliação dos sentidos de saúde na área e trata-se de um evento constatável através da presença de elementos que designam o biopoder e as disciplinas na atualidade presentes nos discursos. O desenho da tese se apresenta estruturado em 2 partes e em 3 artigos que configuram 3 objetivos específicos. A primeira parte visou contemplar a instância profissional e a segunda, a acadêmica. As considerações finais da tese sustentaram que os discursos estudados tendem a disseminar a ideia de que as pessoas devem tomar cada vez mais para si a responsabilidade pelo cuidado com a própria saúde distanciando-se de uma relação do sujeito para com os outros. Este fato contribui para o atraso no processo de ampliação dos sentidos de saúde na área e trata-se de um evento constatável através da presença de elementos que designam o biopoder e as disciplinas na atualidade presentes nos discursos. Apresentamos os discursos divulgados por meio de especialistas através de um programa de Pós-graduação strictu-senso como a resistência. Temos então o quadro completo dos poderes da força proposto por Foucault, onde a ideia de que o poder, como relação de forças, funciona sempre como produtor de afetos, que a resistência aparece para Foucault como um terceiro poder da força. Se as forças se definem segundo o poder como um afetar e um ser afetado, resistir é a capacidade que a força tem de entrar em relações não calculadas pelas estratégias que vigoram no campo político |