Todos precisam saber ler e escrever: uma reflexão sobre a Rede de Equivalências da Alfabetização na Idade Certa
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10468 |
Resumo: | A presente pesquisa possui como pano de fundo o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), um acordo assumido pelos governos federal, estaduais e municipais para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade. Nesse sentido, esta tese dialoga com o campo do Currículo e com seus aportes teóricos mais recentes para problematizar o discurso da idade certa que constitui o PNAIC. Assim, serão articuladas aqui as discussões acerca da política curricular a partir da base teórica pós-estrutural do campo do Currículo, que o entende de forma discursiva, questionando as identidades e os posicionamentos fixos na produção curricular e não o engessando nos moldes culturais e conteudistas (LOPES; MACEDO, 2011; MACEDO, 2015; 2016). Com base em tal perspectiva teórica, traduzo ainda o PNAIC não apenas como programa de formação, mas fundamentalmente como política curricular; defendo que toda e qualquer produção curricular é sempre um processo contínuo de sentidos incompletos e em disputa. Com essa perspectiva, trago para o diálogo com o campo do currículo os campos da alfabetização e da avaliação e suas disputas de concepções que se fazem presentes também no PNAIC. Assim, a partir dos objetos de análise escolhidos nesta pesquisa documentos orientadores e direcionados à formação dos professores alfabetizadores via Pacto opero com o entendimento de tradução (DERRIDA, 2005) da política, de maneira a contribuir com a releitura do currículo com base nas contribuições pós-coloniais (BHABHA, 1998), compreendendo-o como enunciação cultural, linguagem, vivência e experimentação. O desejo de questionar o discurso da idade certa e seus desdobramentos como a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) é movido pelo afastamento que ele possui das defesas que a política em questão faz sobre o processo de alfabetização e ensino da leitura e da escrita. Portanto, a argumentação central da tese é a interpretação do PNAIC como política curricular que se constitui como rede de relações e equivalências; logo, uma rede política não definida em absoluto e movente, que envolve posições de poder sem uma determinação a priori e que é constituída provisoriamente, mas que acaba por produzir uma base curricular nacional para a alfabetização |