Análise das interações celulares e citocinas envolvidas na regeneração hepática após o transplante de células de medula óssea em camundongos com fibrose hepática
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12794 |
Resumo: | A fibrose hepática é caracterizada por persistente lesão no parênquima e deposição de matriz extracelular causando a perda da função hepática. Nossos resultados anteriores mostraram que as células de medula óssea (CMO) migram para o fígado lesionado após o transplante e contribuem para regeneração do órgão através de múltiplas vias. Portanto, é fundamental avaliar quais fatores e fenótipos celulares provenientes das CMO contribuem para regeneração hepática e quais moléculas auxiliam na migração dessas célulaspara o órgão. Os objetivos desse trabalho foram (a) quantificar a proliferação celular, (b) caracterizar as populações celulares (c) avaliar o perfil de citocinas, e (d) avaliar a participação dos fatores de crescimento de hepatócitos (HGF), fator 1 derivado de célula estromal (SDF-1) e da N-caderina na migração celular, após o transplante de CMO de camundongos C57BL/6 eGFP+ em camundongos sadios e com fibrose induzida por ligadura de ducto biliar (LDB). Para caracterização das populações celulares e análise da proliferação e migração de CMO por citometria de fluxo, as células dissociadas do fígado foram incubadas com anticorpos primários anti-PCNA (antígeno nuclear de proliferação celular), anti-CD144 (célula endotelial), anti-CD68 (célula de Kupffer), anti-CD11b (macrófago extra-hepático) ou anti-Ly-6G (neutrófilo) conjugados ao PE. As citocinas IL-10, IL-17A, IFN-γ, IL-6, IL-2, IL-4 foram analisadas no lisado hepático. A migração de células GFP+ foi avaliada por citometria de fluxo e por microscopia confocal, utilizando anticorpos anti-HGF, anti-SDF-1 e N-caderina. A análise da migração das CMO mostrou que houve aumento significativo de células no grupo fibrose transplantando (18,54% ±1,06) comparado ao grupo normal transplantado (10,76% ±0,53) e que a proliferação celular, diminuída no grupo fibrose, foi aumentada no grupo fibrose transplantado.Em relação às populações totais, houve redução significativa de células CD68+ e aumento significativo de células Ly6G+ no grupo fibrose transplantando. Também foi observado que as CMO GFP+ transplantadas contruibuíram para populações totais de células CD144, CD11b e Ly6G no fígado fibrótico. Além disso, foi demonstrado que após o transplante houve aumento de citocinas anti-inflamatórias (IL-10 e , INF-γ) e redução de citocinas pro-inflamatórias (IL-17A e IL-6). Na microscopia confocal, foi demonstrado queas células CMO GFP+ foram encontradas próximas à regiões com expressão de HGF, SDF-1 e N-caderina no fígado fibrótico transplantado. Em suma, esses resultados sugerem que as populações de macrófagos extra-hepáticos, neutrófilos e células progenitoras endoteliais provenientes das CMO transplantadas tem um papel importante na regeneração hepática, estimulando a modulação de um perfil anti-inflamatório de citocinas,e também indicam que as moléculas HGF, SDF-1 e N-caderina são quimioatraentes de CMO o que auxilia na migração destas células para o fígado. |