A diferença religiosa na escola pública: estudo de caso em uma escola em Belford Roxo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Quézia Malachias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica - CAp UERJ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19479
Resumo: Nesta dissertação, analisa-se a perspectiva de professores do segundo segmento de uma escola municipal localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, quanto à diferença e os conflitos religiosos na escola e se estes influenciam as relações interpessoais no ambiente escolar. Para nortear a pesquisa, dialogamos com os conceitos de igualdade e diferença (SANTOS, 1999; ANDRADE, 2009; CANDAU, 2012), de etnocentrismo (GOMES, 2005), de estigma (GOFFMAM, 1993), de educação intercultural crítica (TUBINO 2005; CANDAU, 2011), dentre outros. A pesquisa de campo realizada foi de natureza qualitativa, pois se trata do estudo de um determinado problema e da análise de como ele se manifesta no ambiente escolar. Com base em Marconi & Lakatos (1996), utilizou-se como técnica de coleta e análise de dados a observação sistemática no espaço escolar, que também pode ser denominada observação estruturada, e a entrevista semiestruturada com os docentes. A partir da pesquisa, identificou-se que os professores pesquisados já presenciaram comentários e/ou conflitos relacionados a questões religiosas na sala de aula e já mediaram estes conflitos de diferentes formas, embora não se sintam seguros sobre a pertinência das intervenções que fizeram. Todos se posicionam favoráveis a uma escola laica, embora demonstrem diferentes perspectivas sobre práticas de cunho religioso nas escolas públicas. Durante as entrevistas, a maioria dos professores concordou que as pessoas de religiões de matrizes africanas são as que mais sofrem com preconceitos no espaço escolar. Como sugestão para minimizar estes conflitos, foi proposto o modelo de educação na perspectiva intercultural crítica, definida por Candau (2011) como uma educação que se assenta na concepção de uma educação emancipatória que não invisibiliza os conflitos inerentes às diferenças nos espaços de aprendizagem, mas os enfrenta. Para ampliar os saberes e socializar os conhecimentos que favoreçam o respeito às histórias, identidades, memórias, crenças e valores de diferentes grupos religiosos, bem como das pessoas sem religião, ateus e agnósticos e contribua na promoção da dignidade humana, este estudo propõe o curso de extensão ― "A diferença religiosa e o ensino".