Uma análise discursiva de criminalidades nas manchetes do Meia Hora e do Crónica: produção de sentidos em enunciados e a sua aplicação no ensino
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6232 |
Resumo: | Esta investigação objetiva analisar manchetes de capa de jornais populares pertencentes a duas regiões metropolitanas distintas: Buenos Aires, de um lado, através do jornal Crónica Firme junto al pueblo, e Rio de Janeiro, de outro lado, por meio do jornal Meia Hora de Notícias. O recorte do corpus privilegiou textos vinculados ao campo discursivo da criminalidade, datados ao longo do segundo semestre de 2016, a fim de explorar modos de produção de subjetividades que se entrecruzam ao se referir a sujeitos comuns em contextos criminais. A pesquisa buscou entender como sujeitos que não estão diretamente envolvidos com o mundo midiático eram assumidos nesses jornais. Identificamos vozes que os caracterizavam e suas relações com determinadas formações discursivas (MAINGUENEAU, 1997). Além disso, a investigação ressaltou como necessária a manutenção de uma visão crítica sobre o contexto de ensino e aprendizagem, com vistas à formação de alunos conscientes de seu papel social. Com Campos (2013), reconhecemos manchete como texto chamariz que sintetiza e encapsula a notícia de maior destaque do dia para o jornal, sendo, pois, aquele que ocupa maior tamanho e destaque jornalístico. Foi importante explorar não apenas como esses enunciados cumpriam sua função social de chamar a atenção do leitor para a notícia de maior destaque, mas também analisar de que modo efeitos enunciativos foram produzidos e processados, que vozes estavam interconectadas nessas produções. Seguimos o referencial teórico da Análise do Discurso de base enunciativa, referenciando-nos em Maingueneau (2004, 2008, 2010) para sustentar nossa visão sobre a língua e a constituição de discursos, em diálogo com os estudos de Ducrot (1987) no que se refere ao seu esboço de uma teoria polifônica da enunciação. No âmbito desse debate, consideramos Authier-Revuz (1990), no que toca aos desdobramentos acerca de heterogeneidades enunciativas, Bakhtin (2003), quanto à noção de polifonia. À luz das considerações de Ducrot (1987), analisamos essas vozes circundantes por intermédio da operacionalização do conceito de pressuposto e de subentendido. Com vistas ao processo de ensino de línguas, recuperamos as contribuições de Rocha (2016), Rocha e Daher (2015), Mouffe (2001) e Orlandi (1998, 2003), porque entendemos que este estudo pode ser útil aos contextos de aprendizagem, justo por favorecer a construção da consciência crítica a favor da quebra de paradigmas e da desconstrução de preconceitos sociais |