A Porta de Entrada do Brasil: a recepção dos refugiados no pós-Segunda Guerra na Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Marques, Guilherme dos Santos Cavotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13602
Resumo: O objetivo deste trabalho é estudar a recepção realizada na Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores aos refugiados no imediato pós-segunda guerra como parte integrante da política imigratória brasileira. Nesse sentido, procuramos analisar a recepção a partir de facetas diversas, observando as reformas, e os debates engendrados em torno destas, na estrutura física da hospedaria; a discussão verificada na imprensa sobre o refugiado ideal a imigrar para o Brasil, bem como propostas e apontamentos sobre os serviços desenvolvidos para sua recepção e, por fim, as narrativas memoriais construídas pelos refugiados que vivenciaram essa experiência sessenta anos atrás. Buscamos argumentar que a recepção ocupava uma centralidade nas discussões sobre a política imigratória, fato este que levou a uma série de reformas na estrutura física da hospedaria, tendo por meta realizar uma boa acolhida. Notadamente, a presença constante da hospedaria nas páginas dos jornais nos serve como parâmetro para observar o tema da recepção como aquele que era digno de ser reportado, analisado e publicizado. Em outras palavras, a hospedaria, e, por conseguinte a recepção, era destacada como etapa fundamental para a adaptação dos recém-chegados ao Brasil. Ademais, a recepção é destacada na memória daqueles que por lá passaram e, notadamente, as narrativas se mostraram positivadas, sobretudo pelas memórias de deslocamentos forçados. Fica-nos claro que a recepção aos refugiados no pós-segunda guerra estava presente nos debates que se publicizavam e ainda se fazem presentes nas memórias dos refugiados, dada a sua importância.