Exercícios de curiosidade menina: perguntar com crianças
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17171 |
Resumo: | Exercícios de curiosidade menina: perguntar com crianças não é somente um estudo de tese, mas é, especialmente, um elo que me conecta às crianças de escolas públicas de minha terra. É parte da realização de um sonho iniciado há doze anos e construído em três escolas públicas municipais, localizadas em áreas populares de Maceió/AL, com meninos e meninas do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental ao longo do ano letivo de 2018. Trata-se de vivenciar o ato de perguntar através de um conjunto de fragmentos que colocam a infância de meninos e meninas populares no centro da nossa ocupação. Disso decorre que a infância de meninos e meninas oportunizou perguntar meninamente, no mundo da escola alagoana, através de fragmentos próximos aos seus contextos geográficos e topográficos, os quais nomeamos de palavras geradoras de pensamentos movidos por alguns fragmentos de vidas meninas: lagoa, pesca, lixão mar/praias, quintal e pensamentos. Em vista disso, a infância de meninos e meninas alagoanas como filosofia menina é exercício filosófico que se meniniza, porque insere fragmentos da vida de meninos e meninas narrados por eles mesmos e pensados por todos, num lugar central da atividade dialógica. Ao lado desse conjunto de fragmentos, dialogamos com a infância do educador pernambucano Paulo Freire já em outro tempo, o do adulto, porém, “menino conectivo”. A infância de Paulo Freire sugere-nos que esse tempo menino é o que nos conecta, em qualquer tempo, às raízes do nosso quintal. Essa observação, oriunda das primeiras vivências da vida do menino Paulo Freire, levou-nos a perguntar, considerando o diálogo com a própria história da vida menina das crianças que encontramos semanalmente em escolas da capital alagoana: Por que perguntar com crianças de escolas públicas em áreas populares de Maceió/AL? Por que fragmentos da história de vidas meninas são importantes numa prática perguntadora? O que torna essa prática, construída com crianças, filosofia menina? Que condições dialógicas conectam meninas e meninos à curiosidade e às perguntas tão necessárias à atividade filosófica e à pedagogia freireana? Isso posto, esta tese não é uma expectadora da infância de crianças nas três escolas públicas municipais da capital alagoana onde as vivências ocorreram como se discorresse para ou sobre elas, uma vez que ela também é fruto das opções e narrativas aqui apresentadas. Dessa maneira, exercícios de curiosidade menina: perguntar com crianças traz marcas de uma educação nordestina, alagoana, e mostra que os meninos e meninas pensam da maneira como pensam os seus fragmentos, devido, também, à relação com os fragmentos de sua infância cronológica. Diante disso e das condições adversas presentes nas escolas que acolheram este estudo, é possível perguntar meninamente em escolas públicas municipais de Maceió/AL, quando alguns fragmentos próximos das vivências da infância popular são o “conteúdo” da prática. |