A Cidade do Feitiço: Perseguição e Resistência na Belle Époque Carioca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Thamires Guimarães de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17149
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a resistência das comunidades de Candomblé e de muçulmanos negros do período da Belle Époque, no Rio de Janeiro, pela perspectiva da perseguição institucionalizada pela República, representada pela imprensa. Para isso utilizo as trajetórias de alguns personagens centrais para a história da resistência religiosa da cidade e de suma importância para a formação do Candomblé no Rio de Janeiro. A base da pesquisa está focada na análise de matérias e reportagens de jornais da época principalmente na obra de João do Rio “ As Religiões no Rio”, de 1904, para entender a visão que se tinha das religiosidades negras em face ao ideal civilizatório higienista europeu. Que na busca pela modernidade excluiu e perseguiu aqueles que seriam as heranças do período colonial e representavam o atraso para a evolução da cidade. Por conta destas perseguições, os negros se reuniram em torno dos terreiros de Candomblé, verdadeiros espaços pluriidentitários onde coexistiam pessoas de diferentes etnias e identidades, com o objetivo de ressignificar seus costumes para que a religião resistisse até os dias atuais. A pesquisa foi fundamentada na noção de que o indivíduo africano e afro brasileiro é perpassado pela noção da pluriidentidade, ou seja, ao mesmo tempo em que frequentava os terreiros de Candomblé, era comprometido com a fé muçulmana e frequentava igrejas católicas.