O ensino de língua como formação crítica do aluno: uma proposta de intervenção
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional (PROFLETRAS) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14473 |
Resumo: | Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um projeto de intervenção, intitulado por mim de projeto Lincrítca e Linguarte, e promoveu a produção de um jornal, cujo o nome é Selfie Cotidiano - Um retrato do senso (in)comum contra o hipocritamente correto, concebendo a categoria texto por meio do filtro teórico da Análise do Discurso (INDURSKY, 2015). O objetivo central foi desenvolver um ensino de língua como formação crítica do aluno, dada a importância de promover uma prática de ensino como gesto político, a fim de desenvolver a autoria na escola e praticá-la no cotidiano da linguagem (LAGAZZI-RODRIGUES, 2015). Para a produção do jornal, fomentou-se a produção de artigo de opinião sobre o tema ética do/para o cotidiano. A escolha do assunto foi determinada pela interpretação do contexto sócio-histórico no qual os cognoscentes encontravam-se inseridos no momento contemporâneo à aplicação da pesquisa e pela motivação que demonstravam em falar sobre o respectivo tema. Adotou-se a pesquisa-ação como método científico, de natureza qualitativa, e, como procedimento metodológico, elaborou-se uma sequência didática, a qual adaptou-se às necessidades particulares do grupo de aprendizes envolvido na pesquisa (DOLZ, NOVERRAZ & SCHNEUWLY, 2013). O campo de aplicação desta intervenção pedagógica foi uma escola pública do estado do Rio de Janeiro, especificamente uma turma de 9º ano. Desenvolveram-se atividades sistematizadas para o discente produzir artigos de opinião, tendo como base o princípio da autoria, considerando-se, assim, o desenvolvimento das linguagens em suas múltiplas materialidades significantes (LAGAZZI-RODRIGUES, 2015). Sendo assim, abordaram-se as relações intertextuais e interdiscursivas presentes tanto em produções imagéticas quanto em verbais, a fim de contribuir para a tessitura do texto argumentativo. Além disso, fomentou-se a organização da relação argumentativa na construção dos parágrafos (CHAURADEAU, 2008), a partir de estudos teóricos desenvolvidos sob o princípio dialógico da linguagem como inerente à comunicação humana (BAKHTIN). Os alunos produziram artigos de opinião e charges para a seção opinião do jornal. Assim, constatou-se que conceber a leitura e a escrita como um processo de instauração de sentidos (ORLANDI, 2012a) pode ser um modo produtivo de desenvolver a autoria na escola. |