Diversidade e influência da mineração sobre a comunidade de lagartos na Floresta Nacional de Carajás, sudeste do Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ueoka, Priscila Yumi Begot
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5870
Resumo: O bioma amazônico abriga elevada diversidade de lagartos e sofre com as pressões antrópicas e a escassez de estudos de longo prazo. A Floresta Nacional (FLONA) de Carajás está localizada no sudeste do Pará e tem o solo rico em minério de ferro. O objetivo deste estudo foi determinar a composição, a riqueza e a abundância da comunidade de lagartos, fornecer informações sobre a história natural das espécies e avaliar os efeitos da mineração em duas fitofisionomias da FLONA: Floresta Ombrófila e Canga. Os lagartos foram coletados entre 01 de outubro de 2008 e 16 de novembro de 2012, através de armadilhas de interceptação e queda com cerca-guia, procura visual limitada por tempo e encontro ocasional. Foram registradas 23 espécies de lagartos em oito famílias, embora a riqueza estimada para a FLONA não tenha sido atingida. As espécies mais abundantes foram Tretioscincus agilis (n = 47), Chatogekko amazonicus (n = 40) e Notomabuya frenata (n = 31). Na floresta foram registradas 21 espécies com 15 exclusivas deste ambiente. Na canga foram oito espécies e apenas duas exclusivas. A riqueza e a abundância foram maiores na área de floresta (20 spp.; n = 235) e o método mais eficaz de amostragem foi a armadilha de queda. A riqueza e a abundância de lagartos foram maiores na floresta impactada (19 spp.; n = 143). Na canga a riqueza foi maior na área impactada (6 spp.) e a abundância maior na não impactada (n = 21). Essas diferenças não foram significativas. A abundância das espécies foi semelhante nos ambientes não impactados e variou nos impactados, sendo maior nas áreas mais distantes do impacto e menor nas mais próximas, indicando que a mineração exerce influência sobre a comunidade de lagartos da FLONA de Carajás.