Estudo experimental da anatomia do polo inferior do rim aplicada à ureteroscopia flexível em moldes tridimensionais do rim humano e em pielografias retrógradas
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12325 |
Resumo: | A anatomia polorenal inferior é descrita como fator que influencia a taxa de sucesso da ureteroscopia flexível (URF). Neste estudo foi analisada a anatomia do sistema coletor do polo inferior em moldes de rim de cadáveres humanos e em pielografias retrógradas. Foram construídos contramoldes cavitários de silicone, à partir de moldes de resina do sistema coletor, para treinamento cirúrgico. Os 170 moldes analisadosforam divididos em quatro grupos: A1 Região mesorrenal (RM) drenada por cálices menores dependentes do polo superior ou inferior; A2 RM drenada por cálices menores cruzados, um drenando para o polo superior e outro para o polo inferior; B1 RM drenada por um grupo de cálices maiores independentes dos polos superior e inferior; e B2 RM drenada por cálices menores entrando diretamente na pelve renal. Foram estudadas a frequência de cada tipo de sistema coletor, o número e a orientação espacial dos cálices menores, o ângulo entre o infundíbulo inferior e pelve renal (AIP), o ângulo entre o infundíbulo inferior e os cálices menores inferiores (AIC), a largura e o comprimento do infundíbulo inferior e a frequência de cálices perpendiculares. Foram estudados também 51 pielografias retrógradas intra-operatórias de pacientes submetidos a cirurgia para tratamento de cálculo no polo inferior do rim. Analisou-se a frequência de cada tipo de sistema coletor, AIP, AIC e o acesso do ureteroscópio flexível aos cálices renais inferiores. As médias foram comparadas através de ANOVA e o teste t (p <0,05). Também estudamos 32 moldes tridimensionais do sistema coletor para a confecção dos modelos para treinamento de ureteroscopia flexível. Os grupos mais frequentes nos moldes foram os do grupo A1 e B1 e o que mostrou ter o maior número de cálices no polo inferior foi o grupo A1. Cálices perpendiculares foram observados em 15 casos(8,82%). Não observamos diferença estatística entre os AIC nos grupos estudados. Na análise das pielografias, os sistemas coletores mais frequentes foram B1 e B2. Quanto à medida dos AIP nós observamos que estes eram>90° na maioria dos rins (60,78%). Nós não encontramos ângulos menores do que 60°. O grupo A1 apresentou um total de 48 cálices menores (Cam) e conseguiu-se o acesso do ureteroscópio flexível (UF)em 42 cálices (87,5%); o grupo A2 tinha 11 Cam e o UF conseguiu acessar 7 (63,64%); o grupo B1 tinha 48 Cam e obteve-se o acesso do UF em 41 (85,42%); e no grupo B2 nós observamos 41 Cam e o UF pôde acessar 35 cálices (85,36%). Não houve diferença estatística na acessibilidade do UF entre os grupos estudados (p=0,2610). Os sistemas coletores do tipo A2 apresentaram menor índice de acessibilidade durante a URF. A análise dos parâmetros anatômicos estudados mostra que o número e a orientação espacial dos cálices menores, o ângulo infundíbulo-caliceal e o comprimento infundibular podem ser considerados fatores anatômicos restritivos ao acesso do ureteroscópio aos cálices do polo renal inferior. Os modelos experimentais para treinamento à partir de contramoldes de silicone se mostrou factível permitindo com facilidade a introdução do aparelho de ureteroscopia flexível. |