Fish as bags of macro and micronutrients: factors that influence fish excretion and body stoichiometry

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cunha, Priscila de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20333
Resumo: A excreção de nutrientes e estequiometria corporal de consumidores podem ser influenciadas por vários fatores. Neste trabalho, testamos como 12 espécies de peixes de um córrego tiveram suas taxas de excreção de nutrientes afetadas pelo seu tamanho corporal, temperatura, estequiometria corporal e dieta (grupos alimentares como proxy). Nós aprofundamos a investigação sobre a magnitude do efeito da temperatura sobre as taxas de excreção de peixes de água doce através de uma meta-análise com 15 estudos e 40 tamanhos de efeito. Por fim, medimos o conteúdo corporal de 19 peixes para os elementos cálcio (Ca), fósforo (P), sódio (Na), potássio (K), enxofre (S), magnésio (Mg), manganês (Mn) e zinco (Zn). Testamos como a estequiometria corporal foi influenciada pelo habitat das espécies, suas guildas tróficas e ordens taxonômicas, e cada par de elementos foi testado para correlações. Nossos resultados mostram que o tamanho corporal é o principal fator determinando as taxas de excreção de nitrogênio (N) e fósforo (P) e, contrário às expectativas, a temperatura, estequiometria corporal e dieta não foram estatisticamente significativos no nosso estudo. Entretanto, experimentos futuros devem tentar incluir medidas de ingestão e egestão para aumentar a compreensão do efeito da dieta e estequiometria corporal nas taxas de excreção. Através da meta-análise, vimos que aumentos na temperatura levam a aumentos nas taxas de excreção, mas a magnitude do efeito é extremamente variável entre estudos. O tempo de aclimatização e status alimentar respondem juntos por 22% da variação, no entanto a maior parte desta permanece inexplicada e é muito provavelmente relacionada a identidade das espécies e suas características fisiológicas. São necessários mais experimentos usando métodos padronizados para explicar melhor a influência da temperatura na excreção de nutrientes. Finalmente, vimos que elementos com funções similares são correlacionados, especialmente cálcio e fósforo devido ao seu papel na formação dos ossos. Peixes tropicais apresentaram maior variação em sua composição corporal, o que pode estar relacionado com um nicho estequiométrico mais especializado ou com um maior tamanho amostral (12 espécies tropicais versus 7 espécies temperadas), e foram basicamente direcionadas por diferenças no conteúdo de Ca e P. A composição corporal dos peixes diferiu de acordo com as ordens taxonômicas, ressaltando a influencia da filogenia. A estequiometria corporal dos peixes também variou entre guildas tróficas, mas devido à presença de peixes com armadura óssea.