Trajetórias e saberes entre professores ouvintes e alunos surdos: ensinar Biologia na diferença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fonseca, Danielle Macedo da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12101
Resumo: O ensino bilíngue para surdos apresenta características que o diferencia do ensino para alunos ouvintes e que, para muitos professores, o dificulta. Mas que características são essas? Como professores ouvintes podem ultrapassar o limite da diferença e produzir novos saberes que propiciem não apenas o ensino, mas também e efetivamente a aprendizagem dos alunos surdos? As experiências do cotidiano de uma escola de surdos Instituto Nacional de Educação de Surdos, INES influenciam na construção e mobilização desses saberes? Compreender essas questões não significa dizer qual caminho os professores de alunos surdos devem seguir. Nosso objetivo, tendo como base a análise de entrevistas com três professoras de Biologia e Ciências Naturais ouvintes do INES, é conhecer os caminhos por elas trilhados no mundo dos alunos surdos, analisando os seus saberes docentes. Para tanto, nos apoiamos em duas concepções: uma relacionada à visão dos saberes docentes como um saber-fazer, um saber-ser, um processo, em constante movimento, que se constitui no cotidiano do professor, sendo formado por uma junção de saberes; e a outra relacionada ao entendimento da surdez para além da falta de audição, na compreensão da surdez como uma experiência visual, um traço cultural. Pudemos identificar vários elementos que caracterizam o ensino de Biologia e Ciências Naturais para o público surdo e concluir que os saberes dos professores são produzidos em íntima relação com seus alunos, seus colegas e com alguns aspectos da cultura escolar que marca esta instituição.