Yriádobá da Ira à Flor: influxos artaudianos via mitodologia em arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ribeiro, Adriana Rolin Lopes Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Artes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16645
Resumo: O presente trabalho parte de uma escrita performática, tendo o mito afro-brasileiro Obá como suporte, em sua complexidade entre guerra e amor. A pesquisa põe o mito de Obá em f(r)icção (LYRA, 2011) com minha história pessoal, tramando encruzilhadas movediças de criação numa perspectiva de descida ao “sul” da cabeça (FABRINI, 2013). Esta trama de criação dá-se por meio da Mitodologia em Arte, conceito/prático desenvolvida pela Prof. Dra. Luciana Lyra (2011; 2014; 2015). A proposição mitodológica traduz-se por um caminho que o artista procura entrever no sentido de aperfeiçoar o pluralismo das imagens colhidas nas suas experiências pessoais e artetnográficas em contínuo atrito. Este artista de f(r)icção (LYRA, 2011) modela, ficciona, em roçadura direta com o plano do real. Também no teatro proposto por Antonin Artaud (2006) com o que eu chamo de Influxos Artaudianos (2019), o corpo sem espaço para os órgãos e em plena potência de afecções, destrói as coerções e as castrações, produz novas possibilidades simbólicas, desnuda-se e reage diante da força de sua fragilidade, pois perturba o repouso dos sentidos. Esse corpo segue o fluxo de sua natureza do inconsciente, cria gestos gratuitos e personifica o arquétipo através da cena enquanto cerimônia. É um corpo espasmódico que religa suas energias internas e dança às avessas, refazendo seus mitos espirituais, perigosos e inapreensíveis