A formação de professores nos cursos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1961-1972)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Araujo, Larissa Romana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22236
Resumo: O presente trabalho objetiva investigar a influência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a formação de professores em Geografia, na década de 1960 e início da década de 1970, com base na formação ofertada pelos cursos de aperfeiçoamento realizados pelo instituto. Foram selecionados os Cursos de Férias para Aperfeiçoamento de Professores de Geografia do Ensino Médio, os Cursos de Informações Geográficas para Professores do Ensino Médio e os Cursos de Geografia para Professores do Ensino Superior. A seleção ocorreu pela relevância do IBGE enquanto produtor de conhecimento científico para a Geografia brasileira e sua importância no que tange à elaboração de materiais para reconhecimento e difusão da informação acerca do território nacional. O objetivo busca responder a questão central da pesquisa: os cursos de férias foram um instrumento do IBGE para influenciar a formação de professores e, consequentemente, o ensino de Geografia no Brasil? A fim de atender o objetivo geral, foram estipulados três objetivos específicos: identificar atividades e produções do IBGE que contribuíram para o ensino de Geografia e, de maneira mais ampla, para a educação brasileira; descrever conteúdos, metodologias e aspectos gerais envolvidos nos cursos de aperfeiçoamento; e conhecer os sujeitos que participaram da construção dos cursos, tanto docentes quanto discentes. O recorte temporal delimitado compreende os anos de 1961 a 1972. Essa delimitação justifica-se porque, neste período, o IBGE assume integralmente a responsabilidade pela promoção dos cursos. Os procedimentos metodológicos ocorreram a partir da investigação e leitura de documentos históricos, são eles: as apostilas dos cursos, edições da Revista Brasileira de Geografia, da Revista Brasileira de Estatística, do Boletim Geográfico e do Boletim Carioca de Geografia. Fotografias e entrevistas foram consultados nos acervos do IBGE, do Grupo de Pesquisa GEOBRASIL, em periódicos, a exemplo das revistas Geo UERJ e GEOSUL, e em produções acadêmicas, como teses e dissertações. O trabalho está organizado em três capítulos: o primeiro dedica-se a relacionar o IBGE ao contexto educacional e à formação de professores; o segundo apresenta os cursos de aperfeiçoamento; por fim, o terceiro discute a organização curricular de cada curso e os docentes envolvidos nas atividades. Conclui-se que o IBGE influenciou a formação de professores por meio dos cursos de aperfeiçoamento, uma vez que estes atingiram um número considerável de professores oriundos de diferentes cidades brasileiras. Os cursos reuniram geógrafos de destaque em seu corpo docente e ofereceram atividades como trabalhos de campo, visitas, conferências, além de dispor de bolsas de estudos. Assim, através dessas atividades, o instituto ampliou sua influência sobre a Geografia que era ensinada nas escolas, visto que os docentes aplicariam os conhecimentos obtidos nos cursos em suas aulas.