O Rio de Janeiro para inglês ver: o panorama de Robert Burford em Londres, 1827
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7379 |
Resumo: | O principal objetivo da pesquisa é a pintura de panorama de Robert Burford, chamada Description of a view of the city of St. Sebastian, and the Bay of Rio Janeiro, exibida entre os anos de 1827 e 1828 em uma rotunda de sua propriedade, localizada em Leicester Square, Londres, a mais famosa à sua época. A análise do objeto parte da litografia resultante da sua exibição, encartada em um pequeno livreto que era vendido ao público visitante no momento da própria visitação à pintura, e que servia de guia explicativo para a vista. Revisão bibliográfica e análise da imagem e do texto contido na brochura, bem como a busca por notícias de jornais com textos de crítica à obra e indícios quanto à autoria do desenho original são levantados para situar o objeto em relação ao seu meio. A despeito do panorama ser uma importante forma artística do século XIX nas capitais europeias, o assunto segue sendo pouco estudado no Brasil. É feito breve histórico do fenômeno panorâmico oitocentista para informar o leitor, trazendo questões quanto à sua invenção, a arquitetura típica das rotundas, a inserção do espectador na experiência e desenvolvendo a ideia dos panoramas como substitutos de viagem. Para entender a imagem do Rio de Janeiro de Burford, a tese tece considerações teóricas sobre a relação entre paisagem e poder, focando na relação entre arte e imperialismo informal britânico, contexto cultural e temporal no qual o exemplar de Burford está inserido. Realiza comparações com outras imagens panorâmicas, sejam outras cidades pintadas por Burford (Cidade do México, 1823, Genova 1828, Sidney 1829, Lima 1836), sejam outros panoramas do Rio de Janeiro exibidos em rotundas europeias no século XIX (O Panorama do Rio de Janeiro de Felix-Émile Taunay, exibido em Paris em 1824 e o Panorama do Rio de Janeiro, de Victor Meirelles e Henri Charles Langerock, exposto em Bruxelas e Paris entre os anos de 1888-9) ou ainda com outras representações da Baía de Guanabara realizadas por viajantes ingleses (William Alexander, 1792, Henry Chamberlain, c. 1822 e Emeric Essex Vidal, 1834). |